O registro da tradição: oralidade em forma literária

Autores

  • Taís Nunes Garcia Semaan Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
  • Vera Bastazin Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.12957/palimpsesto.2018.36954

Palavras-chave:

oralidade, tradição, literatura, Milton Hatoum

Resumo

Este artigo objetiva discutir em que medida a tradição oral, enquanto modalidade narrativa, estaria inscrita em um dos contos do livro A cidade ilhada (2009), de Milton Hatoum. Investigar a voz do contador de história como forma de tornar presente a tradição oral no texto nos conduz a uma abordagem que é iluminada por concepções teóricas propostas por Luis da Camara Cascudo (1978) e Paul Zumthor (1993; 1997) a respeito da oralidade, e por Émile Benveniste (1988; 1989) e José Luiz Fiorin (1996) sobre a enunciação. Também discutimos a maneira como Milton Hatoum trata a questão do regionalismo nesta narrativa, dialogando com considerações feitas por Vivian de Assis Lemos (2014) e Tânia Pellegrini (2007). A premissa que conduz nossa interpretação crítica é a de que há, na composição do conto, um olhar para a manutenção do patrimônio cultural e linguístico por meio da contação de histórias como atividade marcante no universo da tradição.

Biografia do Autor

Taís Nunes Garcia Semaan, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Doutoranda em Literatura e Crítica Literária - PUC/SP (Bolsista Capes); Mestre em Literatura e Crítica Literária - PUC/SP (Bolsista Capes). Bacharel em Ciências Econômicas pela Universidade Cândido Mendes. Curso de Formação de Tradutores Inglês/Português pela PUC-RJ. Oficina de Tradução, com Celina Portocarrero e Ana Beatriz Rodrigues. Curso de Tradução para Legendagem pelo Gemini Training Center. Tradutora de obras ficcionais para as editoras Nobel, Pandorga e HarperCollins. Tradutora e revisora de artigos acadêmicos para a Revista FronteiraZ, do Programa de Pós-Graduação em Literatura e Crítica Literária da PUC-SP, e membro do Comitê de Leitura de Artigos do Programa.

Vera Bastazin, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

. Doutora em Comunicação e Semiótica - PUC/SP

Possui graduação em Língua e Literatura Francesas e Língua e Literatura Portuguesas ; mestrado e doutorado em Comunicação e Semiótica/ Literatura, pela PUC/SP, onde atualmente é Professora-Associada. Participou nessa mesma Universidade, da fundação do Programa de Pós-Graduação em Literatura e Crítica Literária (Mestrado e Doutorado), do qual foi coordenadora por quatro gestões. Ministra aulas nos cursos de Graduação em Letras e do Programa de Pós-graduação em Literatura e Crítica Literária. Sua atuação ocorre nas áreas de Teoria Literária, Literatura Comparada - destacadamente Literatura Brasileira e Portuguesa. Realizou estágio Pós-Doutoral, com Bolsa Fapesp, na Universidade do Minho, em Braga, sob a supervisão do Prof. Dr. Vitor Manoel de Aguiar e Silva. Suas pesquisas mais recentes estão centradas no romance contemporâneo. Participou da Diretoria da ABRALIC (2007-08) e da Diretoria da ANPOLL (2015-16). Publicou, nos últimos anos "Mito e Poética na Literatura Contemporânea - um estudo sobre José Saramago". Ateliê Editorial, 2006, 2.ª edição/2017 (no Prelo). Em 2007, como resultado de pesquisa desenvolvida com professores de Filosofia, História e Literatura, lançou "Literatura Infantil e Juvenil: uma proposta interdisciplinar". Editora Articulação Universidade/Escola; em 2011, "Poesia Contemporânea; Brasil/Portugal". São Paulo: EDUC/ CAPES; e, em 2017, "Literatura e Ensino: territórios em diálogo". São Paulo, EDUC/Capes . Possui, também, vários ensaios, artigos e capítulos de livros publicados no Brasil e no exterior.

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Publicado

2019-04-28

Como Citar

Nunes Garcia Semaan, T., & Bastazin, V. (2019). O registro da tradição: oralidade em forma literária. Palimpsesto - Revista Do Programa De Pós-Graduação Em Letras Da UERJ, 17(28), 242–258. https://doi.org/10.12957/palimpsesto.2018.36954