O pano que desvela a palavra em abismo: a ruína do dito e da ação em Fim de Partida, de Samuel Beckett

Autores

  • Roberto Bezerra de Menezes Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Palavras-chave:

Ruína, Linguagem, Samuel Beckett, Fim de Partida, Teatro do Absurdo

Resumo

A poética do Absurdo foi assim designada por reunir elementos desestruturantes da linguagem, vista enquanto ponte para a comunicação e da linguagem enquanto literatura/arte. Samuel Beckett, um de seus mais notórios representantes, soube fazer uso desse artifício e ir além: explorou a falência da linguagem à exaustão, tanto em seus escritos teatrais, quanto nas narrativas. A linguagem, para Beckett, não é apenas uma instância discursiva condutora de lógica/mensagem, mas o deslocamento entre a linguagem e a própria possibilidade de ação a partir dela. Este artigo parte do pressuposto de que o pano/cortina que abre e fecha a peça Fim de partida, de Samuel Beckett, desvela apenas a ruína do dito e da ação. A não comunicação e o não acontecimento são, assim, a estrutura em abismo que soçobra junto com seus personagens: Hamm, Clov, Nell e Nagg.

Biografia do Autor

Roberto Bezerra de Menezes, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Doutorando em Estudos Literários (UFMG)

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Publicado

2015-06-18

Como Citar

de Menezes, R. B. (2015). O pano que desvela a palavra em abismo: a ruína do dito e da ação em Fim de Partida, de Samuel Beckett. Palimpsesto - Revista Do Programa De Pós-Graduação Em Letras Da UERJ, 14(20), 225–233. Recuperado de https://www.e-publicacoes.uerj.br/palimpsesto/article/view/35077

Edição

Seção

Estudos livres