O pano que desvela a palavra em abismo: a ruína do dito e da ação em Fim de Partida, de Samuel Beckett
Palabras clave:
Ruína, Linguagem, Samuel Beckett, Fim de Partida, Teatro do AbsurdoResumen
A poética do Absurdo foi assim designada por reunir elementos desestruturantes da linguagem, vista enquanto ponte para a comunicação e da linguagem enquanto literatura/arte. Samuel Beckett, um de seus mais notórios representantes, soube fazer uso desse artifício e ir além: explorou a falência da linguagem à exaustão, tanto em seus escritos teatrais, quanto nas narrativas. A linguagem, para Beckett, não é apenas uma instância discursiva condutora de lógica/mensagem, mas o deslocamento entre a linguagem e a própria possibilidade de ação a partir dela. Este artigo parte do pressuposto de que o pano/cortina que abre e fecha a peça Fim de partida, de Samuel Beckett, desvela apenas a ruína do dito e da ação. A não comunicação e o não acontecimento são, assim, a estrutura em abismo que soçobra junto com seus personagens: Hamm, Clov, Nell e Nagg.
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