O corpo e suas dimensões anímicas, espirituais e políticas: perspectivas presentes na história da cultura ocidental e brasileira

Autori

  • Marina Massimi

Parole chiave:

corpo, história dos saberes psicológicos, corpo e psiqu

Abstract

O trabalho retoma as concepções acerca do corpo e do homem como unidades psicossomáticas, formuladas ao longo da tradição ocidental, na Grécia clássica, na concepção judaico-cristã, na Idade Média, na Idade Moderna e no Brasil colonial. Trata-se de abordagens da questão do corpo humano que, numa perspectiva não cartesiana, concebem-no em sua peculiaridade de corpo humano – como intrinsecamente dotado de dimensões anímicas, espirituais e políticas. Evidencia-se como na pregação do Brasil colonial a palavra do pregador pretende ter uma ação peculiar de intervenção no que diz respeito ao corpo humano em todas as suas dimensões. A palavra, em sua conotação revelativa do mundo real, é concebida como o “farmaco” eficaz e definitivo para o bem dos corpos individuais animados pela alma racional, bem como dos corpos sociais animados pela vida do espírito de Deus – que ao mesmo tempo cria a comunidade eclesial (o corpo místico) e a comunidade política (a Res-pública: corpo do Rei e corpo do povo). Posteriormente, Descartes com seu racionalismo, inaugurará a visão dualista que está nas origens da psicologia moderna, pela qual o corpo será reduzido às dimensões da matéria e do movimento. Por fim, assinala-se que a reconstrução histórica das concepções do corpo ao longo do tempo e em diversos contextos geográficos e culturais, somente se faz possível pela existência de um corpo histórico: o corpo documental.

Downloads

I dati di download non sono ancora disponibili.

Pubblicato

2005-11-25

Come citare

MASSIMI, Marina. O corpo e suas dimensões anímicas, espirituais e políticas: perspectivas presentes na história da cultura ocidental e brasileira. Mnemosine, Rio de Janeiro, v. 1, n. 1, 2005. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/mnemosine/article/view/41360. Acesso em: 23 mag. 2025.

Fascicolo

Sezione

Artigos

Puoi leggere altri articoli dello stesso autore/i