Foucault e a governamentalidade democrática: a questão da precarização da educação inclusiva
DOI:
https://doi.org/10.12957/mnemosine.2020.52688Parole chiave:
educação, inclusão, biopolítica, governamentalidadeAbstract
Neste texto investigam-se os processos de inclusão levados a cabo na política educacional brasileira entre 1985 e 2016, bem como sua precarização nos dias de hoje. Para compreender tais processos, usa-se a biopolítica de Michel Foucault e seu operador conceitual governamentalidade, colocando-se a hipótese de que teríamos nas últimas três décadas o desenvolvimento no Brasil de uma governamentalidade democrática, que operou uma lógica inclusiva para o governo das diferenças. No atual momento político, em que aquela estratégia já não opera, vivemos um neoliberalismo exacerbado, que precariza os corpos diferentes, que já não cabem na lógica do capital e de sua produção. Em tal contexto, a defesa da escola pública democrática e republicana ganha especial importância e atualidade.