Entre Afetos e Despedidas: as cartas enquanto ponte para a travessia
Palabras clave:
carta, cotidiano, saúde mentalResumen
Vivenciar a despedida enquanto possibilidade de resignificar encontros e se disponibilizar para caminhos a serem desbravados é um processo desafiador e de compromisso ético com aquele que fez parte do ciclo que se encerra. Nesta experiência, cartas intermediaram o tempo do encerramento do ciclo de trabalho da “remetente” com os “destinatários”, usuários de um Centro de Atenção Psicossocial àlcool e outras drogas (CAPS AD); cuja entrega cuidadosa e atenta foi realizada pelo “pombo correio”. Esta vivência, portanto, permitiu ir além do distanciamento concreto, dado pela ausência dos encontros que deixaram de ser cotidianos, e possibilitou a reiteração do afeto compartilhado no interin das relações que se estreitaram ao longo do cuidado co-produzido para além dos muros que costumam ditar as relações em instituições de saúde.