A leitura capturada: reflexões sobre literatura de autoajuda e governamentalidade

Autores/as

  • Adriana Maria Brandão Penzim Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas)

Palabras clave:

práticas de leitura, governamentalidade, literatura de autoajuda

Resumen

Com o intuito de contribuir para que se desvelem, nas práticas de leitura, possíveis interconexões entre produção de verdades, técnicas de si e governo dos outros, postula-se que a chamada “literatura de autoajuda” está intrinsecamente ligada a racionalidades e tecnologias de poder. Em diálogo com Michel Foucault e tomando em referência sua reflexão sobre as artes de governo, tem-se que a prática de leitura de livros de autoajuda compõe o diversificado rol de microprocessos de condução de condutas que, em circulação no mundo contemporâneo, visam à fabricação de estilos de vida. Assim integrada a regimes de saber e poder, a leitura é capturada em sua potência e cumpre uma função política, refletindo com clareza a concepção foucaultiana de que o governo de si se conecta a práticas de governo dos outros na conformação de um ordenamento ético.

 

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Publicado

2016-09-27

Cómo citar

PENZIM, Adriana Maria Brandão. A leitura capturada: reflexões sobre literatura de autoajuda e governamentalidade. Mnemosine, Rio de Janeiro, v. 12, n. 1, 2016. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/mnemosine/article/view/41672. Acesso em: 23 may. 2025.