A liberdade de uma cabeça cortada: Maurice Blanchot, literatura e revolução

Autores/as

  • Jefferson Eduardo da Paz Barbosa Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Palabras clave:

Literatura, Revolução, Negatividade.

Resumen

O objetivo deste artigo é traçar uma linha através de alguns textos de Blanchot, recolhendo num todo coerente os variados temas relacionando literatura e revolução. Deparamo-nos em seus textos com passagens nas quais faz menção ao Terror, auge da Revolução Francesa, referindo-se a ela, em concordância com a interpretação hegeliana, como um obrar da morte, custo da liberdade absoluta. A relação entre literatura e revolução pode ser dividida em três momentos: em relação ao imaginário e a negatividade; em relação ao valor e a palavra inútil; em relação ao caráter fragmentário da literatura. O imaginário é a passagem, sem as mediações do tempo, do nada ao tudo, assim como a revolução inverte o regime político vigente. Para Blanchot, a literatura é um valor que não se avalia, o que exige uma forma de afirmação que supere a noção de valor, indo ao encontro do surrealismo como estética revolucionária.

 

Biografía del autor/a

Jefferson Eduardo da Paz Barbosa, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Universidade Federal do Rio Grande do Norte (integrante dos grupos de pesquisa: ACEFALO (Agenciamento Coletivo de Estudos em Filosofia da Arte e da Literatura) e do grupo Escritor Plural: estudos pluridisciplinares da obra de Roland Barthes).Mestre em História e Crítica da Metafísica pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Publicado

2017-12-04

Cómo citar

Barbosa, J. E. da P. (2017). A liberdade de uma cabeça cortada: Maurice Blanchot, literatura e revolução. Mnemosine, 13(2). Recuperado a partir de https://www.e-publicacoes.uerj.br/mnemosine/article/view/41731

Número

Sección

Parte especial - Dossiê "Escritura e Ressonância"