Interfaces de hemerotecas digitais em português: análise crítica e desafios para o desenvolvimento de uma nova geração de acervos históricos

Eric Brasil Nepomuceno

doi:10.12957/matraga.2025.89783

Autores

Eric Brasil Nepomuceno Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB) https://orcid.org/0000-0001-5067-8475

DOI:

https://doi.org/10.12957/matraga.2025.89783

Palavras-chave:

Interfaces Gráficas de Usuário, Hemerotecas Digitais, História Digital

Resumo

Este artigo analisa as interfaces gráficas de usuário (IGUs) de hemerotecas digitais em português e suas implicações para a pesquisa em história. O estudo examina a Hemeroteca Digital Brasileira (HDB), a Biblioteca Nacional Digital de Portugal (BND-PT) e a Hemeroteca Digital de Lisboa (HDL), buscando compreender como suas características influenciam o acesso, a navegação e a exploração de fontes históricas digitalizadas. Para isso, aplicamos o Método impresso, de Ehrmann, Bunout e Düring (2019), avaliando seis critérios principais: crítica da fonte, busca de conteúdo, filtro de conteúdo, generosidade, gerenciamento pelo usuário e conectividade. Os resultados indicam avanços em metadados, navegação e visualização, mas evidenciam lacunas significativas em enriquecimento semântico, integração com repositórios externos e suporte a metodologias computacionais avançadas. Argumenta-se que essas características limitam o potencial das hemerotecas digitais e reforçam o uso de práticas analógicas sobre os recursos digitais, restringindo abordagens inovadoras. O artigo defende a necessidade de um salto qualitativo rumo às “Hemerotecas Digitais 2.0”, promovendo maior conectividade, personalização e transparência nas decisões técnicas, consolidando essas plataformas como ferramentas essenciais para a pesquisa histórica contemporânea.

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Biografia do Autor

Eric Brasil Nepomuceno, Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB)

É professor da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasi- leira (UNILAB) e do Programa de Pós-Graduação em Humanidades Digitais da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Desenvolve pesquisas nas áreas de História Digital, Humanidades Digitais e acervos históricos, com ênfase em hemerotecas digitais. É editor-chefe da edição em português do Programming Historian e membro do Laboratório de Humanidades Digitais da Universidade Federal da Bahia (LABHDUFBA). Foi investigador visitante no La- boratório de Humanidades Digitais do Instituto de História Contemporânea da Universidade NOVA de Lisboa, onde desenvolveu pesquisa de pós-doutorado.

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