A metafunção interpessoal nos gêneros 'relato' e 'sentença': contribuições linguísticas para o ensino de Direito
DOI:
https://doi.org/10.12957/matraga.2018.30731Palavras-chave:
metafunção interpessoal, MODO, gêneros do discurso, ensino.Resumo
Este trabalho analisa a construção do sistema do modo oracional em textos dos gêneros relato e sentença, produzidos por estudantes do primeiro semestre do curso de Direito de uma faculdade particular de Brasília. O objetivo é discutir a importância da metafunção interpessoal para os estudantes compreenderem como a linguagem evidencia papéis sociais e identidades, em especial no âmbito do Direito. Para atingir esse objetivo, em um primeiro momento, justifica-se a escolha da Linguística Sistêmico-funcional (HALLIDAY & MATTHIESSEN, 2014; FUZER & CABRAL, 2010; NEVES, 2007; VIAN JR, 2009; e SILVA, 2010) como aporte teórico da pesquisa. Em seguida, definem-se o sistema MODO, bem como os elementos que o constituem (modo (finito + Sujeito) e resíduo (predicador + complemento + adjunto)), e se relaciona a discussão de modalidade a gêneros discursivos (SILVA, 2010). Na sequência, contextualiza-se o desenvolvimento da atividade de escrita em sala de aula e a constituição do corpus. Na seção de análise de resultados, cruzam-se as análises com os pressupostos teóricos. Os dados mostraram que os alunos, mesmo antes de terem explicações teóricas sobre os gêneros em questão, têm conhecimento prévio sobre as relações interpessoais nesses gêneros, principalmente na sentença, em que é possível definir melhor o actante principal: o juiz. Esses resultados comprovam a necessidade de se trabalhar, em sala de aula, aspectos léxico-gramaticais vinculados às condições de produção dos gêneros, bem como sugerem que a metafunção interpessoal pode ser um pontapé inicial para se discutir papéis sociais com estudantes que estão iniciando sua formação no ensino superior.
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