“Os espíritos não vão morrer de fome, mas nós pereceremos”: a crítica midiática e os fantasmas epistolares na correspondência de Franz Kafka

Leonardo Petersen Lamha

doi:10.12957/matraga.2023.75032

Autores

Leonardo Petersen Lamha Universidade Federal Fluminense (UFF) https://orcid.org/0000-0003-1987-2071

DOI:

https://doi.org/10.12957/matraga.2023.75032

Palavras-chave:

Kafka, cartas, epistolografia, mídia, tecnologias de comunicação

Resumo

Este artigo busca discutir a presença das tecnologias de comunicação na correspondência de Franz Kafka com Felice Bauer e Milena Jesenská em diálogo com comentadores da fortuna crítica kafkiana associados à teoria alemã da mídia. Procurando problematizar a relação entre a atividade epistolar, as tecnologias de comunicação e o papel das interlocutoras epistolares de Kafka, tal como ela aparece na fortuna crítica, propõe-se que a obra epistolar de Kafka ganharia em complexidade se lida de forma mais próxima aos problemas de comunicação e subjetividade presentes na chamada “carta dos fantasmas” [Gespensterbrief], que Kafka envia a Milena Jesenská em março de 1922.

Biografia do Autor

Leonardo Petersen Lamha, Universidade Federal Fluminense (UFF)

É mestre em Estudos Literários (UFF) e doutorando em Literatura Comparada (UFF), com estadia de pesquisa na Universidade de Viena (2023-2024) e na Freie Universität Berlin (2024). Tradutor, verteu para o português, dentre outros, Império e comunicações, de Harold Innis (Machado, no prelo) e as dez primeiras Cartas a Milena, de Franz Kafka, acompanhadas de comentário (Tradução em Revista, no prelo).

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