Intimidade sem sujeito: Ana C. e a desmontagem do diário e da carta
Palavras-chave:
poesia brasileira contemporânea, Ana Cristina Cesar, gêneros da intimidade, desconstrução do sujeito.Resumo
O artigo analisa a construção da intimidade na poesia da carioca Ana Cristina Cesar. O objetivo é mostrar que a poeta cria, a partir de seus singulares procedimentos de linguagem, um tipo de intimidade impessoal, que viria na contraposição à ideia de uma expressão subjetiva. Trata-se de um importante deslocamento de sua obra em relação a seus colegas de geração e o tipo de literatura que era por eles defendida, naquela que ficou conhecida como poesia marginal dos anos 70. Como veremos, a intimidade daquele que escreve, segundo Ana C., não encontraria na literatura um sentido comunicável, sendo a intimidade do texto um efeito de leitura, a ser construído e criado por procedimentos de linguagem. De modo que sua poesia vai se construindo cada vez mais como um lugar de indecisão e abertura do sentido, em que a escrita dos gêneros supostamente íntimos – e o clichê destes gêneros portanto – sofre uma desmontagem cada vez mais radical.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
AUTORIZAÇÃO
A Matraga – Revista do Programa de Pós-Graduação em Letras da UERJ está autorizada a publicar o artigo ora submetido, caso seja aceito para publicação online. Fica atestado que a contribuição é original, que não está sendo submetida a outro editor para publicação, e que a presente declaração é a expressão da verdade.
Os trabalhos publicados no espaço virtual da Matraga – Revista do Programa de Pós-Graduação em Letras da UERJ serão automaticamente cedidos, ficando os seus direitos autorais reservados à Matraga. Sua reprodução, total ou parcial, é condicionada à citação dos autores e dos dados da publicação.
A Matraga utiliza uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.