Nós, os lacaios da denotação: a tradução filosófica em seu confronto com o espelho “poético”
DOI:
https://doi.org/10.12957/matraga.2025.91891Palavras-chave:
Tradução filosófica, Denotação, Conotação, Composição, PoéticaResumo
O presente artigo parte de uma análise da filosofia em sua relação com sua produção textual e, especialmente, com a tradução de textos filosóficos. Seguindo uma tradição pautada em uma valorização do Sentido sobre o texto, a filosofia assume o uso da linguagem e das línguas por uma determinação prioritária da denotação. Em termos de tradução, isso é refletido na falta de atenção ou mesmo no desprezo que muitas vezes os tradutores de filosofia têm em relação aos elementos conotativos do texto, ou seja, os elementos poéticos e literários. Com isso, argumenta-se que esses elementos compõem o texto tanto quanto os aspectos conceituais e devem ser considerados na tradução como um espelho da tradução poética.
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