‘Un suelo que no deja de moverse:’ temporalidades no-humanas de Nuno Ramos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/matraga.2018.36772

Palavras-chave:

Nuno Ramos, temporalidade, biopolítica

Resumo

Provavelmente algumas das mais significativas investigações das artes e literaturas contemporâneas no Brasil focalizam a questão da temporalidade, o limiar entre os vivos e os mortos e as formas em que as temporalidades e o anacronismo conflitantes articulam uma crítica do presente. Neste contexto, as instalações e escritos de Nuno Ramos, trabalhando no terreno instável entre os vivos e os mortos, o orgânico e o inorgânico, o fossilizado e o espectral, representam uma intervenção decisiva. Na obra de Ramos, a memória nunca é inteiramente humana; é irredutível ao domínio da subjetividade nem às narrativas compartilhadas do coletivo. De livros como Cujo ou Junco até a matéria fossilizada presente em muitas de suas obras, a relação entre a vida e a morte é tanto política quanto tecnológica e não-antropomórfica - é, em outras palavras, biopolítica. Este artigo analisa as formas pelas quais a configuração de tal perspectiva crítica na obra de Nuno Ramos interroga e reformula as formas em que a temporalidade e a interface política estão onde a própria noção de vida - a bios que articula a biopolítica - está em jogo.

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Original em espanhol.

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Biografia do Autor

Gabriel Giorgi, New York University / Universidad San Andrés

Gabriel Giorgi é mestre pela Universidad Nacional de Córdoba, Argentina, e doutor pela New York University, onde atua como professor no Department of Spanish and Portuguese Languages and Literatures, Center for Latin American and Caribbean Studies. Seus temas de interesse: Literatura do Cone Sul; biopolítica; teoria queer e estudos de gênero; literatura e filosofia; teoria crítica.

Publicado

2018-12-29

Como Citar

GIORGI, Gabriel. ‘Un suelo que no deja de moverse:’ temporalidades no-humanas de Nuno Ramos. Matraga - Revista do Programa de Pós-Graduação em Letras da UERJ, Rio de Janeiro, v. 25, n. 45, p. 597–613, 2018. DOI: 10.12957/matraga.2018.36772. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/matraga/article/view/36772. Acesso em: 24 maio. 2025.