LÍNGUA E HISTÓRIA EM SAUSSURE

Autores

  • José Luiz Fiorin USP

Palavras-chave:

valor, historicidade, ordem da linguagem, ordem da realidade.

Resumo

Uma das críticas mais frequentes a Saussure foi a de que sua teoria esvaziou a língua de sua historicidade, de que pensou a língua como um objeto destituído de dimensão histórica, considerando-a um sistema que se basta a si mesmo. Este texto pretende mostrar que essa acusação deriva de má leitura do Curso de Linguística Geral. O que Saussure faz na sua teoria do signo é separar radicalmente a linguagem da realidade. Com isso, o que ele propõe é que a ordem do mundo é diferente da ordem da língua, pois esta não é um reflexo da realidade, mas uma criação do homem. Portanto, é radicalmente histórica. A História é integrada à teoria por meio do conceito de valor, ou seja, sob o primado da forma. Este trabalho mostra então o que significa examinar a historicidade da linguagem sob o primado da forma.

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Biografia do Autor

José Luiz Fiorin, USP

Professor Associado do Departamento de Linguística da Universidade de São Paulo. Além de muitos artigos em revistas especializadas e capítulos de livros, publicou diversos livros, entre os quais As astúcias da enunciação (Ática); Em busca do sentido: estudos discursivos (Contexto); Introdução aopensamento de Bakhtin (Ática); O regime de 1964: discurso e ideologia (Atual); Lições de texto: leitura e redação (Ática); Figuras de retórica (Contexto). Organizou vários livros, entre os quais Introdução à Linguística I. Objetos teóricos (Contexto); Introdução à Linguística II. Princípios de Análise (Contexto).

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Publicado

2014-06-19

Como Citar

FIORIN, José Luiz. LÍNGUA E HISTÓRIA EM SAUSSURE. Matraga - Revista do Programa de Pós-Graduação em Letras da UERJ, Rio de Janeiro, v. 21, n. 34, 2014. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/matraga/article/view/17506. Acesso em: 2 jul. 2025.