O estatuto do heteropessimismo na cultura pop contemporânea

uma análise de Fleabag

Autores

  • Thalita Cruz Bastos
  • Bruno UERJ

Resumo

Pode a mulher hétero sofrer? A relação entre a tragédia da heterossexualidade, o paradoxo da misoginia e o heteropessimismo feminino são a chave de análise para obras audiovisuais da cultura pop contemporânea. Este trabalho propõe refletir sobre como o heteropessimismo não necessariamente produz uma solução para a crise da heterossexualidade, mas aponta seus pontos conflituosos e ensaia alternativas de existências dissidentes, fora da heterossexualidade. Para tal, serão desenvolvidas noções de heteropessimismo ou heterofatalismo, heteronormatividade, performances da masculinidade e da feminilidade, a partir de um recorte dos Estudos Críticos da Heterossexualidade. Para pensar esses elementos, será analisada a série britânica Fleabag tanto em seus modos de endereçamento, como também na recepção dela, tornando-se uma das principais referências contemporâneas na cultura pop da tragédia feminina nas relações afetivo-sexuais.

Biografia do Autor

Bruno, UERJ

Bruno Reis é artista-pesquisador das artes do corpo, com trabalhos nas áreas da performance, dança e cinema. Desenvolve pesquisas a respeito de dramaturgia do corpo, cena expandida e o corpo queer/cuir na cena contemporânea, sociabilidade, afetos e a cena ballroom e o voguing no Rio de Janeiro. Fez parte do coletivo de cinema Osso Osso (2013-2017). É membro do grupo de pesquisa em crítica de dança Labcrítica, e colaborador no site homônimo, assim como do grupo de pesquisa MOTIM - Mito, rito e cartografias feministas nas artes (UERJ). É mestre em Estudos Contemporâneos das Artes pela Universidade Federal Fluminense (2016), e doutorande em Artes na Universidade Estadual do Rio de Janeiro.

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Publicado

2024-07-27

Como Citar

Bastos, T. C., & Reis, B. (2024). O estatuto do heteropessimismo na cultura pop contemporânea: uma análise de Fleabag. Logos, 31(1). Recuperado de https://www.e-publicacoes.uerj.br/logos/article/view/81327

Edição

Seção

Dossiê "Amor da cabeça aos pés": imagens flamejantes, comunicações incorporadas.