Eros e o amor homoerótico em Grande sertão: Veredas
DOI:
https://doi.org/10.12957/logos.2024.81207Resumo
Este artigo investiga as variações do amor entre Riobaldo e Reinaldo (Diadorim) no romance Grande sertão: veredas (1956), de Guimarães Rosa, com atenção especial ao amor homoerótico. Traçamos o percurso da crítica literária, que considera o livro uma obra iniciática e mítica (NUNES, 2009), além de um corpo selvagem e indomesticável (SANTIAGO, 2017) que transcende as barreiras dicotômicas de relacionamentos, da linguagem e das categorias de gênero (BROCK, 2018). Com isso, relacionamos os aspectos deste amor à escrita rosiana pelo viés de Platão, em O Banquete e propomos uma leitura que instaura diferentes perspectivas na relação amorosa, desde a clássica compreensão de Eros até as atuais configurações para uma alteridade que produz efeitos de escape. Nosso método foi o da complexidade uma vez que dialogamos recursivamente com múltiplos saberes para a articulação da temática e nossa metodologia foi a pesquisa qualitativa e bibliográfica. Nossas conclusões mostram que, ao assumir o amor homoafetivo por Reinaldo/Diadorim, Riobaldo tenta reinventá-lo em outros moldes, a saber, platônico, pautado na amizade, na contemplação da beleza e na virtude.
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
2. Os artigos assinados são de exclusiva responsabilidade dos autores.
3. É permitida a reprodução total ou parcial dos textos da revista, desde que citada a fonte.