Regimes semióticos do pertencimento nas metrópoles contemporâneas
DOI:
https://doi.org/10.12957/logos.2014.14152Palavras-chave:
Pertencimento, fenomenologia, semióticaResumo
O artigo propõe um quadro teórico fenomenológico e semiótico para a inteligibilidade do sentido
do pertencimento, um dos conceitos mais fundamentais nas culturas e sociedades atuais. Depois de definir o
pertencimento como uma enunciação espacial que traz 1) as fronteiras de um espaço de pertencimento; 2) a
oposição consequente entre um ambiente de pertencimento e um de não-pertencimento, e 3) a relação entre,
por um lado, o sujeito da enunciação, e, por outro lado, a oposição / ambiente do pertencimento / versus /
ambiente de não-pertencimento /, o artigo articula uma tipologia de “figuras de atravessamento”, em que
o pertencimento se manifesta através da dialética narrativa entre colocação e deslocação. No quadro teórico
da fenomenologia e da semiótica tensiva, quatro macro-regimes de pertencimento são apontados: “alienação
sedentária”, “pertencimento nômade”, “alienação nômade”, e “pertencimento sedentário”. Além disso, quatro
caminhos semânticos dinamicamente representando a transição entre estes regimes são identificados: “exílio
/ invasão”, “cosmopolitismo / curiosidade”, “aclimatação / tolerância”, e “alienação / suspeita”. Na conclusão,
o quadro teórico desenvolvido pelo artigo é proposto como instrumento para a análise das “retóricas do
pertencimento” nas culturas e sociedades atuais.
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