“desde sempre tinha que ter tido catraca”: etnografando materialidades, usos e sentidos da História na mobilização e (re)produção de elites jurídicas
DOI:
https://doi.org/10.12957/intratextos.2019.33931Palavras-chave:
Antropologia das elites, Elites jurídicas, História das elites, ConflitoResumo
Trata-se de uma etnografia realizada na Faculdade de Direito e Ciências do Estado da UFMG entre o início de 2015 e o primeiro semestre de 2016, período em que conflitos em torno da instalação (ou não) de catracas na portaria desta unidade de ensino dividiu professores, alunos e funcionários. Lugar de formação de elites jurídicas desde sua fundação em 1892, a antiga “Faculdade Livre de Direito de Minas Geraes” foi a primeira escola de Direito do estado, ostentando uma história de que se orgulham muitos de seus membros atuais. A partir de uma abordagem etnográfica de performances, discursos e materialidades recolhidas em experiências e publicações na faculdade, abordo o manejo da história por parte dos agentes que desejavam que o acesso aos espaços daquela unidade fosse controlado. Por fim, ao abordar como o repertório histórico “disponível” no ambiente da faculdade foi mobilizado como estratégia de afirmação no contexto daquele conflito, verifiquei que o hábito de chamar a faculdade de “Casa” ou uso de expressões como “Vetusta Casa de Afonso Pena” apontavam para um padrão de construção de redes e sociabilidades próprios das elites, o familismo.Downloads
Publicado
2019-03-11
Como Citar
Heliodoro Nascimento, T. (2019). “desde sempre tinha que ter tido catraca”: etnografando materialidades, usos e sentidos da História na mobilização e (re)produção de elites jurídicas. Revista Intratextos, 10(1), 36–62. https://doi.org/10.12957/intratextos.2019.33931
Edição
Seção
Artigo