O envolvimento dos jovens nas pandillas latino-americanas: O caso das marcas salvadorenhas. Resenha do documentário La Vida Loca, de Christian Povedo
DOI:
https://doi.org/10.12957/intratextos.2015.17915Parole chiave:
Pandilhas, Violência,Abstract
O documentário La Vida Loca (2008), do jornalista Christian Poveda exibe a realidade dos jovens salvadorenhos que fazem parte das pandillas ou maras, como são conhecidas as gangues na América Central. As maras salvadorenhas surgiram em Los Angeles, como resposta a marginalização que sofriam os descendentes dos imigrantes latino-americanos que ali se estabeleceram e se fortaleceram após a deportação desses migrantes quando do fim da Guerra Civil em El Salvador, representando um sério problema de segurança pública onde atuam. Mas o que significa o envolvimento desses jovens em tais grupos, notadamente conhecidos por sua violência? Meter-se com uma gangue significa envolver-se num grupo de solidariedade mútua que se nutre da violência e do revanchismo para com os grupos rivais, incluindo aqui a sociedade de forma ampla. Significa também, conseguir proteção em relação a seus opositores e, principalmente, conquistar sua visibilidade numa sociedade que os discrimina e exclui. Porém, há um alto preço a pagar para gozar dos benefícios simbólicos e materiais ofertados pela gangue. Este preço é vivir uma vida loca, isto é, sofrer o risco de uma morte iminente. Apesar desse risco, a cada dia cada vez mais jovens aderem a tais grupos, o que representa sua busca incessante por protagonismo e visibilidade social, cuja dramaticidade Poveda soube, como ninguém, resgatar.Downloads
Pubblicato
2016-06-13
Come citare
Cunha Sisterolli, A. C. (2016). O envolvimento dos jovens nas pandillas latino-americanas: O caso das marcas salvadorenhas. Resenha do documentário La Vida Loca, de Christian Povedo. Revista Intratextos, 7(1), 100–110. https://doi.org/10.12957/intratextos.2015.17915
Fascicolo
Sezione
Resenha