Ângelo Cretã e Jair de Oliveira: dois vereadores indígenas, a tutela do Estado e a emancipação
DOI:
https://doi.org/10.12957/transversos.2022.68010Palavras-chave:
mobilização indígena, ditadura militar, tutela de Estado, vereadores indígenasResumo
Na década de 1970, em plena ditadura militar, o Brasil vivia um crescimento da mobilização indígena, que se integrava em nível nacional, bem como um aumento da repercussão dessas articulações na imprensa e na opinião pública. Ao mesmo tempo, as políticas oficiais referendavam concepções que atrelavam os indígenas a um estado de infância, que implicariam em uma tutela do Estado sobre esses povos. Entretanto, previa-se a possibilidade de término dessa tutela, com o recurso da emancipação: uma ferramenta legal controversa que pretendia que um indígena ou uma comunidade não fossem mais considerados indígenas. O presente artigo analisa essa problemática a partir da discussão da trajetória de dois indígenas que se elegeram vereadores nesse contexto: o Kaingang Ângelo Cretã, do Paraná, e o Terena Jair de Oliveira, de Mato Grosso.
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