A BNCC e o interesse dos jovens pela História: um olhar com dados do Projeto Residente
DOI:
https://doi.org/10.12957/transversos.2021.57332Palavras-chave:
Base Nacional Comum Curricular – BNCC, Estudantes, Opção Decolonial, Narrativa-Mestra.Resumo
Até que ponto a Base Nacional Comum Curricular – BNCC de História coincide com os interesses dos estudantes na disciplina? Para responder a esta questão, utilizamos os dados quantitativos coletados no ano de 2019 pelo projeto Residente: observatório das relações entre jovens, história e política na América Latina. Confrontamos os dados com as narrativas-mestras construídas e propostas nas versões do documento curricular que orienta a educação básica no Brasil. Partimos do referencial da Didática da História buscando desenvolver seus pressupostos em uma opção decolonial. A conclusão que podemos apontar é que as carências de orientação dos estudantes não são contempladas principalmente as duas últimas versões da BNCC.
Referências
BALLESTRIN, L. América Latina e o giro decolonial. Revista Brasileira de Ciência Política, Brasília, v. 11, p. 89-117, mai./ago. 2013.
BAROM, W. C. O Projeto Jovens e a História e suas Publicações (2007-2016). Revista Latino-Americana de História, v. 6, n. 17, Julho 2017.
Base Nacional Comum Curricular - Educação é a Base. Ministério da Educação. Brasília - DF. 2018.
BERGMANN, Klaus. A história na reflexão didática. Revista Brasileira de História, v. 9, n. 19, p. 29-42, 1989.
BITTENCOURT, Circe M. F. Os contornos de uma disciplina escolar: da história sagrada à história profana. Revista Brasileira de História, v. 13, n. 25/26, p. 193-221, set. 1992/ ago. 1993.
BORRIES, B. V. Competência do pensamento histórico, domínio de um panorama histórico ou conhecimento do cânone histórico. Educar em Revista, Curitiba, v. 60, p. 171-196, abr./jun. 2016.
CASSIANO, C. C. D. F. Reconfiguração do mercado editorial brasileira de livros didáticos no início do século XXI: história das principais editoras e suas práticas comerciais. Em Questão, Porto Alegre, v. 11, n. 2, p. 281-312, jul./dez. 2005.
CARRETERO, Mario. Teaching History Master Narratives: Fostering Imagi-Nations. In: CARRETERO, Mario; BERGER, Stefan Berger; GREVER, Maria (eds.). Palgrave Handbook of Research in Historical Culture and Education. Londres: Palgrave Macmillan, 2017.
CARRETERO, Mario; VAN ALPHEN, Floor. Do Master Narratives Change Among High School Students? A Characterization of How National History Is Represented, Cognition and Instruction, v. 32, n. 3, p. 290-312, 2014.
CERRI, L. F. Un Bosque encima de la fossa común: dictaduras en la memoria de los jóvenes. In: SÁNCHEZ, L.; GARCIA, M. C.; GRÉGOIRE (ORG.), G. La enseñanza de la Historia en debate: ¿enseñar desde el o presente o para el presente? 1ª. ed. Santa Rosa: Universidad Nacional de la Pampa, 2016. p. 81-98.
CERRI, L. F.; AGUIRRE, M. C. Jovens e sujeitos da História. Estudos Ibero-Americanos, v. 37, n. 1, p. 125-140, jan./jun. 2011.
CHEVELLARD, Y. Sobre a Transposição Didática: Algumas Considerações Introdutórias. Revista de educação, Ciência e Matemática, v. 3, n. nº2, 2013. ISSN 2238-2380. Traduzido por: PUGGIAN, Cleonice.
CRUZ, M. M.; CERRI, L. F. Cultura Política e Cultura Histórica: o posicionamento de jovens dos Campos Gerais/PR acerca do retorno do modelo implantado em 1964. Ateliê de História, Ponta Grossa, v. 6, n. 1, p. 142-160, 2018.
DAYRELL, J.; CARRANO, P. Juventude e Ensino Médio: quem é este aluno que chega à escola? In: DAYRELL, J.; CARRANO, P.; MAIA, C. L. Juventude e Ensino Médio: sujeitos e currículos em diálogo. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2014. p. 102-133.
DIAS, M.; FREITAS, I. Base Nacional Curricular Comum: caminhos percorridos, desafios a enfrentar. In: (ORG.) CAVALCANTI, E., et al. História: demandas e desafios do tempo presente: Produção acadêmica, ensino de História e formação docente. São Luís: EDUFMA, 2018. p. 49-63.
DUSSEL, E. Europa, modernidad y eurocentrismo. Revista de Cultura Teológica, v. 4, p. 69-81, jul./set. 1993.
DUSSEL, E. Transmodernidade e interculturalidade: interpretação a partir da filosofia da libertação. Revista Sociedade e Estado, v. 31, n. 1, p. 51-73, Jan./Abr. 2016.
FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: Saberes Necessários à Prática Educativa. 12ª. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
GONZÁLEZ, M. P. Los jóvenes y la historia desde la perspectiva de profesores de Brasil, Argentina y Uruguay. Clío & Asociados, v. 14, p. 152-166, 2010.
GOODSON, I. Historia del Currículum: La constucción social de las disciplinas escolares. Barcelona: Ediciones Pomares-Corredor, 1995.
GOODSON, I. F. A Construção Social do Currículo. Tradução de Maria João. CARVALHO. Lisboa: Educa, 1997.
LOPES, A. R. C. Processo de Mediação (ou Transposição) Didática. In: ___________ Conhecimento Escolar: Ciência e Cotidiano. Rio de Janeiro: EDUERJ, 1999. p. 201-220.
MAYER, E. A. Ensinar e aprender história no 6º ano do ensino fundamental: reflexões sobre o tempo e o pensamento histórico. Anais do X Encontro Nacional de Ensino de História e XXIII Jornada de Ensino de História e Educação: “Da pequena para a grande roda”: encontro de saberes e poderes no Ensino de História. Porto Alegre: Faced UFRGS. 2018. p. 764-777.
NEVES, R. M. C. D.; PICCININI, C. L. CRÍTICA DO IMPERIALISMO E DA REFORMA CURRICULAR BRASILEIRA DA EDUCAÇÃO BÁSICA: EVIDÊNCIA HISTÓRICA DA IMPOSSIBILIDADE DA LUTA PELA EMANCIPAÇÃO DA CLASSE TRABALHADORA DESDE A ESCOLA DO ESTADO. Germinal: Marxismo e Educação em Debate, Salvador, v. 10, n. 1, p. 184-206, mai. 2018.
NEVES, W. A.; BERNARDO, D. V.; OKUMURA, M. M. M. A origem do homem americano vista a partir da América do Sul: uma ou duas migrações? Revista de Antropologia, São Paulo, v. 50, n. 1, p. 9-44, 2007.
PARELLADA, Cristian; CARRETERO, Mario; RODRÍGUEZ-MONEO, María. Historical borders and maps as symbolic supports to master narratives and history education. Theory & Psychology, v. 30, n. 6, p. 1-17, out. 2020.
QUIJANO, A. Colonialidad del poder, cultura, y conocimiento en América Latina. Ecuador Debate, Quito, v. 44, p. 227-238, Agosto 1998.
RÜSEN, J. Aprendizado Histórico. In: SCHMIDT, M. A.; BARCA, I.; MARTINS (ORG.), E. D. R. Jörn Rüsen e o ensino de História. Curitiba: Editora UFPR, 2010. p. 41-49.
RÜSEN, J. Teoria da História: Uma teoria da história como ciência. Tradução de Estevão C. de Rezende Martins. Curitiba: Editora UFPR, 2015.
SANTOS, B. D. S. Refundación del Estado en América Latina: Perspectivas desde una epistemología del Sur. Lima: Instituto Internacional de Derecho y Sociedad; Programa Democracia y Transformación Global, 2010.
SETH, S. Razão ou Raciocínio? Clio ou Shiva? História da historiografia, Ouro Preto - MG, v. 11, p. 173-189, abril 2013.
SILVA, G. D.; MEIRELES, M. Orgulho e preconceito no ensino de História no Brasil: reflexões sobre currículos, formação docente e livros didáticos. Crítica Histórica, v. VIII, n. 15, p. 07-30, jul. 2017.
SILVA, M. O. D. A BNCC e o componente curricular História: como pensaram os seus críticos? Boletim Historiar, v. 23, p. 85-106, abr./jun. 2018.
SILVA, T. T. D. Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo. Belo Horizonte: Autêntica, 2010.
ZAVALA, A. Pensar 'teoricamente' la practica de la enseñanza de la Historia. História Hoje, v. 4, n. 8, p. 181-203, 2015.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam na Revista Transversos concordam com os seguintes termos:
- Autores/as mantém os direitos autorais e concedem à Revista Transversos o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores/as têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores/as têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) após o processo editorial, com a finalidade de aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado. Neste caso, você deverá fornecer o crédito apropriado e um link do repositório original.