NABUCO DE ROMA À HAIA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/synthesis.2022.71880

Palavras-chave:

Joaquim Nabuco, Doutrina Monroe, multilateralismo, princípio da ocupação efetiva, princípio da igualdade soberana.

Resumo

Este artigo revisita a fase diplomática de Joaquim Nabuco (1899-1909) propondo, como parâmetro básico de análise, uma disjuntiva entre isolamento e geopolítica. A partir dos papéis privados e públicos do autor no período, examina suas reflexões sobre o princípio da ocupação efetiva, que pautou o laudo arbitral do rei da Itália sobre o litígio anglo-brasileiro na Guiana, em 1904, e sobre o princípio da igualdade soberana, proposto pelo Brasil na conferência da Haia, em 1907. Argumenta-se que, para Nabuco, o bilateralismo monroísta provia segurança contra apropriações territoriais europeias resguardando, pelo respaldo do alinhamento hemisférico, a grandeza continental do país. Já a política multilateral parecia ao embaixador em Washington deixar o Brasil estrategicamente desamparado pelo apego a um ordenamento artificial, mas também oferecer uma possível via de grandeza nacional pela participação no círculo diretor da política mundial. Se, para Nabuco, a conclusão do episódio em Roma fora a isolação no hemisfério ocidental, a Haia parece-lhe apontar para um reengajamento com o além-mar.

            Palavras-chave: 

Biografia do Autor

Luiz Feldman, Ministério das Relações Exteriores/Diplomata

Graduado em Relações Internacionais pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais em 2006 e mestre em Relações Internacionais pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro em 2009. Professor assistente no Instituto Rio Branco de 2014 a 2016.

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Publicado

2023-01-18

Como Citar

Feldman, L. (2023). NABUCO DE ROMA À HAIA. (SYN)THESIS, 15(3), 25–40. https://doi.org/10.12957/synthesis.2022.71880

Edição

Seção

Dossiê 200 Anos de Pensamento Internacional Brasileiro (V. 2): Personagens e Agendas