Taxas de reganho ponderal em pacientes bariátricos acompanhados na Policlínica Piquet Carneiro

Autores

  • Lutieska Garroni Unidade Docente Assistencial de Endocrinologia. Policlínica Piquet Carneiro. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
  • Ana Carolina Bacellar Unidade Docente Assistencial de Endocrinologia. Policlínica Piquet Carneiro. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
  • Diana Carla Lima Unidade Docente Assistencial de Endocrinologia. Policlínica Piquet Carneiro. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
  • Juliana D’Augustin Núcleo de Pesquisa e Assistência em Transtornos Alimentares (NAPTA). Policlínica Piquet Carneiro. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
  • Vicente da Silva Júnior Unidade Docente Assistencial de Endocrinologia. Hospital Universitário Pedro Ernesto. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
  • Diogo Panazzolo Programa de Pós-graduação em Fisiopatologia Clínica e Experimental. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
  • Bernard Barroso Unidade Docente Assistencial de Endocrinologia. Policlínica Piquet Carneiro. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
  • Luiz Guilherme Kraemer de Aguiar Departamento de Medicina Interna. Faculdade de Ciências Médicas. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.12957/rhupe.2014.9812

Resumo

A obesidade é uma doença com alta prevalência em nosso meio e o tratamento cirúrgico pode promover redução da morbimortalidade cardiovascular. Apesar do maior conhecimento sobre as técnicas cirúrgicas empregadas e manejo clínico destes pacientes, ainda observam-se altas taxas de reganho ponderal. O objetivo deste estudo é avaliar a taxa de reganho (TxR) ponderal dos pacientes bariátricos atendidos em consulta de primeira vez na Policlínica Piquet Carneiro. Foram recrutados 35 pacientes (29 mulheres e 6 homens; 39,3 ± 9,10 anos) submetidos à cirurgia bariátrica entre abril a setembro de 2013. O índice de massa corporal (IMC = peso/altura2) foi calculado e, com base no relato do peso pré-cirúrgico e do peso mínimo alcançado após a cirurgia, foram calculados respectivamente, o IMC pré-cirúrgico e o IMC mínimo. A TxR foi calculada [(Peso atual - Peso mínimo relatado) x 100/(Peso pré-operatório relatado - Peso mínimo relatado)]. Os pacientes foram divididos conforme o tempo decorrido da cirurgia, primeiramente em dois grupos: ≤ 1 ano (G ≤ 1) e > 1 ano (G > 1). Posteriormente, estes foram reagrupados em outros dois novos grupos: < 2 anos (G < 2) e ≥ 2 anos (G ≥ 2) e ainda em < 5 anos (G < 5) e ≥ 5 anos (G ≥ 5). Dos 35 pacientes recrutados, 94,3% (n = 33) relataram a realização de gastroplastia redutora com reconstrução em Y de Roux. O IMC pré-cirúrgico relatado era de 50,5 ± 8,92 kg/m2. Em relação ao tempo decorrido da cirurgia, observamos que 22,8% (n = 8) da amostra havia realizado a cirurgia em até um ano, 40% (n = 14) em menos de dois anos e 74,3% (n = 26) em menos de cinco anos. O IMC mínimo alcançado foi de 30,7 ± 6,6 kg/m2. O percentual de pacientes que apresentavam reganho ponderal foi de 71,4% (n = 25) e o IMC atual era de 34,2 ± 6,89 kg/m2. O grupo G ≤ 1 apresentou uma TxR inferior ao G > 1 (3,8 ± 3,1 vs. 20,6 ± 4,1%; P < 0,05). Tal fato se acentua após o segundo ano da cirurgia (2,6 ± 1,8 vs. 26,2 ± 4,6%; P < 0,001); tornando-se ainda mais relevante após cinco anos da cirurgia (10,1 ± 3,0 vs. 35,9 ± 7,2%; P < 0,001). Conclui-se que o reganho ponderal já esteve presente no primeiro ano do pós-operatório, entretanto torna-se mais relevante em função do tempo decorrido da cirurgia.

Descritores: Obesidade; Cirurgia bariátrica; Ganho de peso; Prognóstico.

 

Revista HUPE, Rio de Janeiro, 2014;13(1):94-100

doi:10.12957/rhupe.2014.9812

Biografia do Autor

Lutieska Garroni, Unidade Docente Assistencial de Endocrinologia. Policlínica Piquet Carneiro. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Unidade Docente Assistencial de Endocrinologia. Policlínica Piquet Carneiro. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Ana Carolina Bacellar, Unidade Docente Assistencial de Endocrinologia. Policlínica Piquet Carneiro. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Unidade Docente Assistencial de Endocrinologia. Policlínica Piquet Carneiro. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Diana Carla Lima, Unidade Docente Assistencial de Endocrinologia. Policlínica Piquet Carneiro. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Unidade Docente Assistencial de Endocrinologia. Policlínica Piquet Carneiro. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Juliana D’Augustin, Núcleo de Pesquisa e Assistência em Transtornos Alimentares (NAPTA). Policlínica Piquet Carneiro. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Núcleo de Pesquisa e Assistência em Transtornos Alimentares (NAPTA). Policlínica Piquet Carneiro. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Vicente da Silva Júnior, Unidade Docente Assistencial de Endocrinologia. Hospital Universitário Pedro Ernesto. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Unidade Docente Assistencial de Endocrinologia. Hospital Universitário Pedro Ernesto. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Diogo Panazzolo, Programa de Pós-graduação em Fisiopatologia Clínica e Experimental. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Programa de Pós-graduação em Fisiopatologia Clínica e Experimental. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Bernard Barroso, Unidade Docente Assistencial de Endocrinologia. Policlínica Piquet Carneiro. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Unidade Docente Assistencial de Endocrinologia. Policlínica Piquet Carneiro. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Luiz Guilherme Kraemer de Aguiar, Departamento de Medicina Interna. Faculdade de Ciências Médicas. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Departamento de Medicina Interna. Faculdade de Ciências Médicas. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

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Publicado

2014-03-17

Edição

Seção

Artigos