A narrativa como ferramenta na educação médica

Autores

  • Eloisa Grossman Instituto Fernandes Figueira, Fundação Oswaldo Cruz. Núcleo de Estudos da Saúde do Adolescente da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Faculdade de Ciências Médicas. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, Brasil.
  • Maria Helena C. A. Cardoso Grupo de Pesquisa de Genética Médica José Carlos Cabral de Almeida, Instituto Fernandes Figueira, Fundação Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.12957/rhupe.2014.13945

Resumo

O objetivo do artigo é discutir o papel da narrativa como uma ferramenta na educação médica. As autoras argumentam que o método utilizado pelos médicos para cuidar de seus pacientes tem raízes muito antigas. Os caçadores foram os primeiros a recorrer à narrativa para difundir o conhecimento adquirido a partir da interpretação de pistas e vestígios deixados pelos animais. Desenvolveram, assim, um modelo de conhecimento indireto, indiciário e conjetural, que garantia a sobrevivência. Esse método é, também, o fundamento da semiologia e da difusão do saber médico. Em seguida, discorrem sobre as diferentes modalidades narrativas empregadas na prática e no ensino da medicina e elencam suas principais características. A classificação proposta inclui: casos construídos com propósito educativo (método PBL), narrativas de pacientes sobre suas doenças, narrativas apresentadas em materiais informativos (cartilhas, folhetos, cartazes, websites e blogs), anamneses sistematizadas em prontuários e relatos de caso apresentados em sessões clínicas e em revistas científicas. Concluem afirmando que médicos escutam e escrevem, fazem leituras de sinais e de métodos complementares em seu cotidiano de trabalho. Habitam o universo da palavra oral, da palavra escrita e das imagens. A legitimação da importância da competência narrativa na formação dos estudantes de medicina parece ser um caminho profícuo para aproximá-los do mundo dos pacientes e ajudá-los a entender o que a doença representa para cada indivíduo em particular.


Descritores: Medicina narrativa; Educação médica.

 

Revista HUPE, Rio de Janeiro, 2014;13(4):32-38

doi: 10.12957/rhupe.2014.13945

Biografia do Autor

Eloisa Grossman, Instituto Fernandes Figueira, Fundação Oswaldo Cruz. Núcleo de Estudos da Saúde do Adolescente da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Faculdade de Ciências Médicas. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, Brasil.

Instituto Fernandes Figueira, Fundação Oswaldo Cruz. Núcleo de Estudos da Saúde do Adolescente da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Faculdade de Ciências Médicas. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, Brasil.

Maria Helena C. A. Cardoso, Grupo de Pesquisa de Genética Médica José Carlos Cabral de Almeida, Instituto Fernandes Figueira, Fundação Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Grupo de Pesquisa de Genética Médica José Carlos Cabral de Almeida, Instituto Fernandes Figueira, Fundação Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

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Publicado

2014-12-30