“Se a gente tivesse direito, não teria necessidade de estar fazendo manifestação pra nada”: a luta das marisqueiras de Farol de São Thomé, RJ – Brasil contra estereótipos de gênero em políticas públicas / “If we had the right, we wouldn’t need to be demonstrating for nothing”: the struggle of shellfish gatherers from Farol de São Thomé, RJ – Brazil against gender stereotypes in public policies

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/dep.0.69221

Palavras-chave:

justiça social, redistribuição, reconhecimento, participação

Resumo

O trabalho desenvolvido pelas mulheres na cadeia produtiva da pesca artesanal é historicamente considerado secundário e complementar, seja no prestígio interno das comunidades, na gestão pesqueira ou na identificação legal das trabalhadoras. A invisibilidade feminina incorre, inclusive, na restrição a direitos de seguridade social. A pesquisa investiga a luta das marisqueiras de Farol de São Thomé, comunidade situada no Norte Fluminense, RJ - Brasil, contra estereótipos de gênero utilizados na política pública desenvolvida pelo município de Campos dos Goytacazes/RJ, sem deixar de considerar a discriminação indireta das trabalhadoras presente na legislação federal da pesca. A partir de metodologias qualitativas, como entrevistas semiestruturadas, grupo focal e análise da legislação vigente, o texto busca refletir sobre a justiça social à luz das dimensões da redistribuição, do reconhecimento e da participação feminina na implementação de programas sociais de seguro desemprego. Este artigo é resultado de pesquisa financiada pelo Projeto de Educação Ambiental (PEA) Pescarte, que é uma medida de mitigação exigida pelo Licenciamento Ambiental Federal, conduzido pelo IBAMA.

Biografia do Autor

Fernanda Pacheco Huguenin, Projeto de Educação Ambiental (PEA) Pescarte; Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Possui Bacharelado em Ciências Sociais (2002) e mestrado pelo Programa de Pós-Graduação em Políticas Sociais (2006), ambos pela Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF). É doutora em Antropologia Social (2011) pelo Departamento de Antropologia da Universidade de Brasília (UNB). Atuou como professora de Sociologia (2011-2015) no Ensino Superior na Universidade Cândido Mendes (UCAM) e como professora substituta (2010-2012) e professora concursada (2015-2018) no Instituto Federal Fluminense, sendo docente no Ensino Médio, PROEJA e Ensino Superior. Foi coordenadora do Núcleo de Gênero e Diversidade Sexual (NUGEN) do IFF Itaperuna, onde desenvolveu os projetos de Cursos de Extensão (2016): "Gênero, Cinema e Saúde" e "Gênero e Sexualidade no Hospital e na Escola". Foi coordenadora do Curso de Formação Continuada em Educação e Direitos Humanos (2017) no IFF Itaperuna. É pesquisadora pós-doutoranda (2018) no Projeto de Educação Ambiental (PEA) Pescarte, vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e graduanda em Direito pelos Institutos Superiores de Ensino do CENSA.

Downloads

Publicado

2023-04-16

Como Citar

Huguenin, F. P. (2023). “Se a gente tivesse direito, não teria necessidade de estar fazendo manifestação pra nada”: a luta das marisqueiras de Farol de São Thomé, RJ – Brasil contra estereótipos de gênero em políticas públicas / “If we had the right, we wouldn’t need to be demonstrating for nothing”: the struggle of shellfish gatherers from Farol de São Thomé, RJ – Brazil against gender stereotypes in public policies. Revista Direito E Práxis. https://doi.org/10.12957/dep.0.69221

Edição

Seção

Artigos inéditos