Diferentes nomenclaturas de português como língua não materna

Autores

Palavras-chave:

PLNM, PLM, NOMENCLATURAS

Resumo

Desde a década de 1970, há discussões sobre a posição e a relevância do ensino de português como língua estrangeira (doravante denominado PLE). Em 1956, a publicação do livro didático "Ensinando Português para Estrangeiros", de autoria de Mercedes Marchandt e publicado em Porto Alegre / RS, conferiu ao PLNM um lugar de destaque no ensino, abrindo um precedente para o ensino de português como língua estrangeira (doravante denominado como PLE) no Brasil. Neste artigo, utilizaremos a nomenclatura de Português como Língua não Materna como um termo guarda-chuva para as outras nomenclaturas de ensino de português e apresentaremos também as suas peculiaridades. Este trabalho tem como metodologia o levantamento de documentos e artigos com as diferentes nomenclaturas que serão apresentadas.


Biografia do Autor

Ana Carolina Fontana, Universidade Federal de Juiz de Fora (PPG Linguística/FALE/UFJF) Pós-graduanda de Especialização, pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).

Mestranda em Linguística, pela Faculdade de Letras, da Universidade Federal de Juiz de Fora (PPG Linguística/FALE/UFJF), pós-graduanda de Especialização, pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Graduada em Letras, com ênfase na Língua Inglesa, pela Faculdade de Letras, da Universidade Federal de Juiz de Fora (FALE/UFJF). 

Bruna Da Silva Camargo, Universidade Federal de Juiz de Fora

Graduanda em Letras, com ênfase na Língua Inglesa, pela Faculdade de Letras, da Universidade Federal de Juiz de Fora.

Maria Isabel Lopez Nunes, Universidade Federal de Juiz de Fora

Graduanda em Letras, com ênfase na Língua Inglesa, pela Faculdade de Letras, da Universidade Federal de Juiz de Fora.

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Publicado

2022-08-02

Como Citar

Fontana, A. C., Camargo, B. D. S., & Nunes, M. I. L. (2022). Diferentes nomenclaturas de português como língua não materna. Revista De Estudos De Português Língua Internacional, 2(1), 2–10. Recuperado de https://www.e-publicacoes.uerj.br/repli/article/view/63298