Cidade de Deus: dicção negro-periférica em forma de romance

Autores

  • Thiago Martins Rodrigues Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
  • Antônio Marcos Vieira Sanseverino Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

DOI:

https://doi.org/10.12957/palimpsesto.2020.42910

Palavras-chave:

Cidade de Deus, Literatura Negro-Brasileira, Romance.

Resumo

O presente trabalho pretende analisar o romance Cidade de Deus (1997), de Paulo Lins, observando como o autor estrutura em forma de romance a violência e o racismo denunciados pela dicção negra da literatura brasileira. A partir de Formação da Literatura Brasileira (1962), questiona-se que lugar tem a narrativa negra (CUTI, 2010) nesta linha sucessória de obras, considerando sua recepção. Conclui-se que há uma segunda formação da literatura brasileira não expressa por Candido, que é negra, e que a crítica literária branca não dá conta de analisá-la e interpretá-la em profundidade, levando em consideração as questões étnico-raciais que provocam mudanças significativas no modo de organização das narrativas.


Biografia do Autor

Thiago Martins Rodrigues, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Licenciando em Letras (Português/Espanhol) pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Atualmente é bolsista de Iniciação Científica do CNPq no projeto Realismo e Alegoria, Gênero e Escravidão: um estudo do conto machadiano, sob orientação do Prof.º Dr. Antônio Marcos Vieira Sanseverino. Tem interesse no estudo da Prosa Negro-brasileira e da História da Literatura Brasileira, bem como Educação das Relações Étnico-Raciais (ERER) e Educação Literária.

Antônio Marcos Vieira Sanseverino, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Professor Associado de Literatura Brasileira da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), professor do Programa de Pós-Graduação em Letras, pesquisador CNPq. Mestrado em Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1994), com a dissertação "A dupla centralidade na poesia de Gregório de Matos" e doutorado em Teoria da Literatura pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1998), com a tese "Realismo e Alegoria em Machado de Assis". Pós-doutorado na Brown University (2018), com apoio da CAPES. Membro do GT-Literatura e Sociedade, da ANPOLL. Desde 2008, dando continuidade à pesquisa da tese, estuda a prosa curta machadiana, tanto a crônica quanto o conto, analisando o lugar ocupado na Formação da crônica brasileira. Especificamente, é pesquisada a crônica machadiana no jornal "Gazeta de Notícias". Atualmente, é realizado o estudo da categoria do realismo. Em andamento conjunto, pesquiso o nexo entre literatura e educação, tendo como foco a leitura do texto literário enquanto experiência formadora. Tem experiência na área de Letras, atuo nas seguintes áreas: poesia moderna brasileira; Machado de Assis, ironia, alegoria e sociedade; educação literária.

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Publicado

2020-07-15

Como Citar

Rodrigues, T. M., & Sanseverino, A. M. V. (2020). Cidade de Deus: dicção negro-periférica em forma de romance. Palimpsesto - Revista Do Programa De Pós-Graduação Em Letras Da UERJ, 19(32), 281–296. https://doi.org/10.12957/palimpsesto.2020.42910