Documentação do português falado em comunidades rurais afro-brasileiras de Sergipe: patrimônio e memória

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/palimpsesto.2018.36667

Palavras-chave:

Comunidades Quilombolas, Constituição de amostras de fala sociolinguísticas, Inventário Nacional da Diversidade Linguística (INDL)

Resumo

No cenário sociolinguístico brasileiro, a diversidade linguística é um tema que precisa ser discutido e aprofundado, antes que a padronização e a normatização das variedades linguísticas brasileiras, especialmente das que são faladas fora dos grandes centros e em grupos minoritários rurais, apaguem as principais características do vernáculo brasileiro popular. Urge, assim, que sejam realizadas pesquisas de documentação, descrição e análise do português falado nessas comunidades. Com este artigo, chamamos a atenção para a importância do mapeamento e documentação do português falado em comunidades rurais afro-brasileiras sergipanas, variedade linguística que ainda não foi alvo de estudos sistemáticos. Ao longo do texto, ressaltamos a importância da realização de pesquisas regionais com o desenvolvimento de métodos específicos para as regiões em foco.

Biografia do Autor

José Humberto dos Santos Santana, Secretaria Municipal do Desenvolvimento Social e do Trabalho de Lagarto, Lagarto, Sergipe

Possui graduação em Letras Português (2016) pela UFS - Campus Prof. Alberto Carvalho - e formação complementar em Sistema Scliar de Alfabetização (SSA) - 1º módulo - (2017) pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Tem experiência na área de Linguística, especificamente nas subáreas Sociolinguística Aplicada e Psicolinguística Aplicada (à alfabetização). Durante a graduação, dedicou-se ao estudo de fenômenos fonológicos estigmatizados e não estigmatizados que migram para a escrita de crianças em fase de alfabetização, descrevendo os fatores linguísticos e extralinguísticos correlacionados à representação dos fenômenos em suas produções textuais escritas. De janeiro a junho de 2017, atuou como Formador Docente na Secretaria Municipal de Educação (SEMED) de Lagarto/SE e como Coordenador Local do Projeto "Alfabetização com excelência para todos: formação de professores a distância com base em evidências científicas". Atualmente, dedica-se à documentação, descrição e análise da variedade do Português Brasileiro falada em comunidades rurais afro-brasileiras (comunidades remanescentes de quilombos) de Sergipe (do português afro-brasileiro), sob orientação da Prof.ª Dr.ª Raquel Meister Ko. Freitag (UFS/CNPq). Interessa-se pelas seguintes subáreas: Documentação Linguística, Direitos Linguísticos, Linguística Afro-Brasileira, Sociolinguística Variacionista, Sociolinguística Interacional e Linguística de Contato.

Silvana Silva de Farias Araujo, Universidade Estadual de Feira de Santana/PDJ–CNPq, Feira de Santana, Bahia

Doutora em Língua e Cultura (UFBA), Mestre em Letras e Linguística (UFBA), especialista em Língua Portuguesa: Gramática (UEFS) e Graduada em Letras Vernáculas (UEFS). Professora do Departamento de Letras e Artes da Universidade Estadual de Santana (UEFS) e do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Estudos Linguísticos da Universidade Estadual de Feira de Santana (PPGEL/UEFS). Tem experiência na área de Linguística Histórica, com ênfase em Sociolinguística, atuando principalmente nos seguintes temas: formação do Português do Brasil, contatos linguísticos, fenômenos morfossintáticos e variedades africanas do Português. Atualmente é coordenadora do Mestrado em Estudos Linguísticos (PPGEL/UEFS). Foi presidente da Associação brasileira de Estudos Crioulos e Similares (ABECS), no biênio 2014-2016.

Raquel Meister Ko. Freitag, Universidade Federal de Sergipe/CNPq, São Cristóvão, Sergipe

Professora do Departamento de Letras Vernáculas, do Programa de Pós-Graduação em Letras e do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal de Sergipe. Graduada em Letras, mestre e doutora em Linguística pela Universidade Federal de Santa Catarina, área de concentração Sociolinguística. Tenho me dedicado à documentação sociolinguística, com descrição de fenômenos na perspectiva da produção e da percepção, considerando as dimensões perceptual-cognitiva e pragmática da variação linguística. Tenho discutido aspectos metodológicos da documentação sociolinguística, especialmente a questão dos deslocamentos e contatos dos falantes e o seu trânsito em comunidades de práticas. Também desenvolvo atividades de popularização da ciência e estímulo à pesquisa na educação básica. Coordeno o Condomínio de Laboratórios Multiusuário de Informática e Documentação LAMID da Universidade Federal de Sergipe. Sou secretária da Associação Sergipana de Ciência ASCi, biênio 2016-2018. Sou Pesquisadora Associada da Rede Nacional de Ciência para Educação (CpE). Tenho coordenado projetos pesquisa interinstitucionais aprovados por agências de fomento que resultam em publicações científicas de impacto (o que pode ser conferido não só pela classificação nos estratos mais altos do Qualis/CAPES, mas também pelo número de citações no Google Acadêmico) e na formação de recursos humanos em nível de graduação, mestrado e doutorado, além da criação e fortalecimento de redes de colaboração científica.

Downloads

Publicado

2019-04-28

Como Citar

Santana, J. H. dos S., Araujo, S. S. de F., & Freitag, R. M. K. (2019). Documentação do português falado em comunidades rurais afro-brasileiras de Sergipe: patrimônio e memória. Palimpsesto - Revista Do Programa De Pós-Graduação Em Letras Da UERJ, 17(28), 121–138. https://doi.org/10.12957/palimpsesto.2018.36667