ENTRE O OBSCURO E O OBSCENO: A AMARA VOZ DO OUTRO EM BOM- CRIOULO, DE ADOLFO CAMINHA

Autores

  • Guilherme de Figueiredo Preger Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Palavras-chave:

Romance naturalista, Voz acusmática, Subalternidade, Tecnologia da obscenidade

Resumo

Este artigo realiza uma leitura crítica de Bom- Crioulo, romance de Adolfo Caminha (1895), e aborda a função da voz narrativa enquanto suporte ideológico da ideologia dominante. Com o uso do conceito de voz acusmática, de Maurice Chion, dando vez a um narrador cambiante e sem corpo, debate-se a ambivalência na representação literária do protagonista do romance. Utilizando-se da distinção de Gayatri Spivak, entre representação política e re-presentação estética, discutiremos como a refração da voz do personagem por uma voz coletiva fantasmática produz um hiato em sua representação e problematiza tanto sua classificação literária quanto social, impedindo a adesão do romance aos valores ideológicos e racistas da época de sua escrita.

Biografia do Autor

Guilherme de Figueiredo Preger, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Doutorando em Literatura Comparada e Teoria da Literatura - UERJ

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Publicado

2016-06-15

Como Citar

Preger, G. de F. (2016). ENTRE O OBSCURO E O OBSCENO: A AMARA VOZ DO OUTRO EM BOM- CRIOULO, DE ADOLFO CAMINHA. Palimpsesto - Revista Do Programa De Pós-Graduação Em Letras Da UERJ, 15(22), 102–121. Recuperado de https://www.e-publicacoes.uerj.br/palimpsesto/article/view/34997