Tempo de viver, tempo de escrever

Autores

  • Carmen Ines Debenetti
  • Tania Mara Galli Fonseca

Palavras-chave:

escrita-tempo, literatura, Filosofia da Diferença

Resumo

Este artigo versa sobre a própria experiência de escrever. Trata-se de uma escrita que resgata um tempo obscuro que revela a potência de criar. Nesse sentido, o escrever inventa o texto e inventa a vida. Há no ato de escrever uma tentativa de fazer da vida algo mais que pessoal, de liberar a vida daquilo que a aprisiona. Escrever assim fala do fundo daquilo que não se sabe, com aquilo que dentro de nós se move quando faz fluxo com o fora. Assim, restitui o vínculo do homem com o mundo. Ver o mundo torna-se vê-lo fora dos clichês, ver e ouvir a vida na sua mais alta potência. Faz falar o cotidiano intolerável que é uma questão de devir. Condição para explorar o inominável e o intolerável da existência. Tempo que age e produz realidades. Para essas experimentações, a escritura de Clarice Lispector é a matéria de inventar escrita. Ainda mais, Deleuze, Bergson, Blanchot.

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Publicado

2015-12-08

Como Citar

Debenetti, C. I., & Fonseca, T. M. G. (2015). Tempo de viver, tempo de escrever. Mnemosine, 11(2). Recuperado de https://www.e-publicacoes.uerj.br/mnemosine/article/view/41586

Edição

Seção

Artigos