Formação docente e ensino de língua portuguesa em Timor-Leste: considerações de professores brasileiros
DOI:
https://doi.org/10.12957/matraga.2018.33956Palavras-chave:
Língua Portuguesa. Timor-Leste. Ensino. Formação docente.Resumo
Em 2002, após o processo de restauração da independência, a República Democrática de Timor-Leste elegeu como línguas oficiais e de instrução a língua portuguesa e a língua tétum. No processo de (re)introdução do português nas diversas esferas sociais do país atuaram, por meio do Programa de Qualificação Docente e Ensino de Língua Portuguesa em Timor-Leste (PQLP/CAPES), professores brasileiros de diferentes áreas do conhecimento. Desse conjunto de docentes, selecionamos, para participar deste trabalho, aqueles cuja prática em Timor era voltada ao ensino da língua portuguesa. Os dados coletados, por meio de instrumento de questionário, são enunciados escritos acerca da formação e da docência desses sujeitos. A metodologia utilizada para análise dos dados fundamenta-se nos estudos desenvolvidos por Bakhtin (2010; 2011). Pela teoria do dialogismo, elegemos como categorias de análise dos enunciados conceitos componentes do contexto extraverbal de sua produção: conceito de cronotopo – tempo (histórico) e espaço (social) – e de valoração, avaliação social do sujeito que enuncia em relação ao objeto sobre o qual ele enuncia. De forma geral, a análise realizada permite entrever a existência de lacunas na formação dos professores para atuação em Timor-Leste e, o reconhecimento, por parte desses sujeitos, da importância do uso da língua tétum e de aspectos da cultura timorense no ensino de português no país.
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