O momento qualquer e a coexistência de temporalidades liminares em Jacques Rancière

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/logos.2021.62617

Palavras-chave:

Rancière, Tempo, Comunicação, Cena, Narrativa.

Resumo

A perspectiva de Jacques Rancière sobre o “momento qualquer” tem sido um dos conceitos mais frutíferos para compreender a elaboração contemporânea de cenas políticas de dissenso de um ponto de vista estético. Mas o que exatamente seria um “tempo qualquer”? Como se relaciona com a criação de narrativas políticas? Este texto descreve algumas relações entre tempo e comunicação a partir da visão de Rancière acerca das temporalidades intervalares que coexistem na construção de narrativas contra-hegemônicas sobre a existência de formas de vida heterogêneas. Argumenta que (1) o conceito de "momento qualquer" se refere a uma categoria política, não apenas temporal; (2) a formação de cenas de dissenso está relacionada à definição dos significados de “tempos desmedidos” em cada ocasião, pois (3) opera na liminaridade dos tempos hegemônicos que enquadram a comunicação.

Biografia do Autor

Ângela Cristina Salgueiro Marques, Universidade Federal de Minas Gerais

Doutora em Comunicação Social pela UFMG. Professora do Departamento de Pós-Graduação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Luis Mauro Sá Martino, Faculdade Cásper Líbero

Doutor em Ciências Sociais pela PUC-SP.Professor do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Faculdade Cásper Líbero.

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Publicado

2022-02-22

Como Citar

Salgueiro Marques, Ângela C., & Sá Martino, L. M. (2022). O momento qualquer e a coexistência de temporalidades liminares em Jacques Rancière. Logos, 28(3), 36. https://doi.org/10.12957/logos.2021.62617

Edição

Seção

Dossiê 'Espessuras Temporais da Comunicação: transformações, resistências, arcaísmos, lutas'