Como resistir o objeto - Pretas conjurações em “Experimentando Vermelho em Dilúvio”.

Autores

  • MARIA DE FATIMA Lima Santos Universidade Federal do Rio de Janeiro.

DOI:

https://doi.org/10.12957/logos.2021.61366

Palavras-chave:

Palavras-chave, pretitude, performance preta, poética negra.

Resumo

 

 

A performance “Experimentando Vermelho em Dilúvio” (MATTIUZZI 2016), da artista Michelle Mattiuzzi, aponta múltiplas possibilidades de pensar corpas(os) negras(os) dentro/fora dos limites da violência que alicerça as vidas negras sob a égide do não ser (FANON, 2020) e da estreita relação entre escravidão/vidas negras/morte social (PATTERSON, 2008). Contrapondo-se a essa dimensão fatídica, a aposta consiste numa leitura da performance através do que Fred Moten (2020) configurou como a mercadoria/objeto que fala e, portanto, resiste. “Experimentando Vermelho em Dilúvio” é capaz de fazer ver e dizer uma dimensão performática que mistura sangue, dor, sons e nos arremessa naquilo que Denise Ferreira da Silva (2019) chama de Corpus Infinitum - o corpo da nativa/escrava selado pela fugitividade e conjuração do texto moderno.

Biografia do Autor

MARIA DE FATIMA Lima Santos, Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Antropóloga. Doutora em Saúde Coletiva pelo Instituto de Medicina Social da Universidade Estadual do Rio de Janeiro/IMS/UERJ. Professora adjunta da Universidade Federal do Rio de Janeiro campus de Macaé onde coordena a disciplina Saúde e Comunidade 1. Tem experiência de pesquisa no campo das Ciências Humanas e Sociais em Saúde com ênfase em Antropologia e Sociologia da Saúde, atuando principalmente nos seguintes temas: gênero, sexualidade, processo saúde/doença/cuidado, redes de atenção à saúde. Atualmente é tutora de um projeto no Programa Nacional de Reorientação da Formação em Saúde - Pró Saúde - com o tema da mortalidade feminina por causas externas e com o mesmo tema no PET Vigilância em Saúde. Faz parte, como pesquisadora, do grupo de pesquisa "Rede Substitutiva em Saúde: racionalização e/ou desinstitucionalização do cuidado", atuando na linha de pesquisa " Micropolítica do Trabalho e o Cuidado em Saúde"; do projeto de pesquisa” Observatório Nacional da Produção de Cuidado em diferentes modalidades à luz do processo de implantação das Redes Temáticas de Atenção à Saúde no Sistema Único de Saúde: Avalia quem pede, quem faz e quem usa” e do projeto de pesquisa “Criação de Observatório Microvetorial de Políticas Públicas em Saúde e Educação em Saúde” - MCTI/CNPq/CT- Saúde/MS/SCTIE/Decit nº41/2013. è autora do livro em formato ebook " Corpos, Gêneros, Sexualidades - políticas de Subjetivação" publicado pela Editora Rede Unida.

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Publicado

2022-05-24

Como Citar

Santos, M. D. F. L. (2022). Como resistir o objeto - Pretas conjurações em “Experimentando Vermelho em Dilúvio”. Logos, 28(2). https://doi.org/10.12957/logos.2021.61366

Edição

Seção

Dossiê 'Corpos, performances e autenticidade na cultura digital e visual'