Corpo, natureza e artifício: discursos midiatizados como máquinas de construir corpos sexuados

Sérgio Rodrigo da Silva Ferreira

Resumo


O objetivo deste artigo, de viés ensaístico, é construir uma reflexão e uma conversa teórica sobre a dicotomia entre os dispositivos “natural” e “artificial” em relação ao corpo. A partir dos escritos de Paul Preciado, construímos linhas conceituais para pensar os discursos midiatizados como máquinas de construção de corpos sexuados. Essas máquinas, de modo geral, utilizam-se de uma lógica cisnormativa para constituir um sistema que constantemente se reinscreve sobre os corpos em operações de repetição e de recitação dos códigos binários tidos como naturais (masculino/feminino). É nesse sentido que o dispositivo discursivo midiático que classifica o corpo como natural ou artificial (re)produz um código de legitimação dos corpos, ignorando ou fazendo aparecer o caráter prostético das expressões de gênero.

Palavras-chave


Gênero; Corpo; Artifício

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DOI: https://doi.org/10.12957/logos.2021.60881

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