Coringa, mídia e bionecropolítica

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/logos.2020.53111

Palavras-chave:

Biopolítica, Necropolítica, Cinema

Resumo

Toma-se o filme Coringa, de 2019, que narra a transformação de Arthur Fleck em Coringa. O objetivo é mostrar a presença midiática na narrativa, na qual os meios de comunicação atuam de formas decisivas para o personagem fazer-se Coringa. Cenas do filme foram localizadas, descritas, e diálogos foram transcritos, nos quais a materialidade dos meios de comunicação aparece como elemento narrativo. Articulou-se essas cenas aos conceitos de biopolítica e necropolítica. Três formas de relação entre Arthur e a mídia aparecem: desejo de participar da TV para ser reconhecido em sua história como bom filho e bom comediante; reconhecimento de si como “palhaço assassino”, não como criminoso, mas como herói; e uso da mídia para relatar sua indignação e, também, para publicizar a prática de morte.

Biografia do Autor

Luiz Felipe Zago, Curso de Jornalismo Programa de Pós-Graduação em Educação Universidade Luterana do Brasil

Professor Permanente do Programa de Pós-Graduação em Educação, na Linha de Pesquisa Pedagogias e Políticas da Diferença, e Professor do Curso de Comunicação Social - Jornalismo da Universidade Luterana do Brasil (Campus Canoas). Graduado em Comunicação Social pela Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2006), Mestre (2009) e Doutor (2013) em Educação pelo Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Educação da UFRGS na Linha de Pesquisa em Educação, Sexualidade e Relações de Gênero. Já atuou como jornalista e assessor de comunicação. Foi coordenador e consultor de projetos de prevenção às infecções sexualmente transmissíveis, HIV/Aids entre homens que fazem sexo com homens das cidades de Porto Alegre e região metropolitana, tendo sido militante no movimento LGBTQIA+ durante 6 anos. Atuou como consultor técnico na Coordenação Geral de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas do Ministério da Saúde da Brasil. Suas áreas de interesse são relações de gênero, corpo, sexualidade, Direitos Humanos, produção de subjetividades, redes sociais na internet.

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Publicado

2020-11-27

Como Citar

Zago, L. F. (2020). Coringa, mídia e bionecropolítica. Logos, 27(2). https://doi.org/10.12957/logos.2020.53111

Edição

Seção

Fluxo Continuo