A banalidade do viver na contemporaneidade: sobre depressão, luto e felicidade
DOI:
https://doi.org/10.12957/intratextos.2017.29818Palavras-chave:
Depressão, Luto, FelicidadeResumo
O presente artigo teve o intuito de analisar literariamente e, portanto, teoricamente alguns aspectos da subjetividade de nossa época, procurando demonstrar como o modelo atual de estilo de vida, nos indaga sobre uma maneira de viver em constante aviltamento, resultando na mistura de resistências a vivenciar um luto seja ele qual for sua espécie e potencializando assim, emersões de psicopatologias, no caso do presente estudo, a depressão. Para tanto, intitulou-se como banal os tempos modernos, sugerindo um prognóstico fatalista, mas recheado de motivações para tal. A título de subsídio da análise, buscou-se averiguar o argumento sobre a felicidade, permeada pela falta de assertividade ligada ao tema e como ela tem sido deturpada, em meio aos trâmites sociais, segundo algumas óticas dos teóricos e mais plenamente de seu conceito ordinário. Procurou-se também analisar características do processo de luto, visando sua não permissividade vivencial, como prejudicial e distanciadora do conhecimento sobre a finitude, arriscando dizer que a abnegação de entrada nesse processo, advém de uma conjuntura social que negativiza quaisquer movimentos de infelicidade e demonstração dessa. Por ora, a análise feita busca demonstrar um aparato atual dos modos de viver, oportunizando alguns fenômenos em suas roupagens na modernidade, como a depressão e as experiências pesarosas.