De feira popular a Centro de Tradições: a Feira de São Cristóvão como patrimônio imaterial do Brasil

Autores

  • Martha Carvalho Nogueira Universidade do Estado do Rio de Janeiro e Colégio Pedro II

DOI:

https://doi.org/10.12957/intratextos.2015.17524

Palavras-chave:

Tradição, Patrimônio cultural, Feira de São Cristóvão

Resumo

A política de registro de patrimônio imaterial, de responsabilidade do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico nacional (IPHAN), é ainda recente no Brasil, e os estudos voltados para essa área centram-se na análise, muitas vezes em âmbito institucional, dos instrumentos utilizados para o registro e das relações entre os agentes do Instituto e os detentores do bem cultural a ser registrado e salvaguardado.

No presente trabalho, tomo a Feira de São Cristóvão no Rio de Janeiro, transformada há dez anos em Centro Municipal Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas, como objeto de uma reflexão acerca dos conflitos e contradições envolvidos no processo de elaboração do Inventário de referências Culturais e de registro do bem imaterial pelo IPHAN.

Partindo de uma perspectiva teórica que considera a espetacularização da cultura, sobretudo no contexto de requalificação de áreas urbanas degradadas, como ponto de partida para a análise das imbricações entre cultura e poder nas sociedades contemporâneas, e analisando os “usos” da tradição e da cultura popular por diferentes atores sociais, o artigo visa apontar caminhos para uma discussão sobre a validade das políticas de patrimonialização da cultura a partir do levantamento e análise das diferentes expectativas e interesses revelados nos discursos dos agentes envolvidos na questão (feirantes, integrantes do Comitê Pró-Registro da Feira, pesquisadores e gestores do IPHAN).

Palavras-chave: cultura popular, tradição, patrimõnio imaterial

DOI: http://dx.doi.org/10.12957/intratextos.2015.17524

 

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Publicado

2016-01-18

Como Citar

Nogueira, M. C. (2016). De feira popular a Centro de Tradições: a Feira de São Cristóvão como patrimônio imaterial do Brasil. Revista Intratextos, 6(1), 1–24. https://doi.org/10.12957/intratextos.2015.17524