As histórias que podem ser contadas: a feminização da epidemia HIV/AIDS e a produção de narrativas científicas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/emconstrucao.2019.40840

Resumo

Desde sua eclosão na década de 1980 na forma de epidemia, a AIDS tem sido principalmente associada a homossexuais masculinos: inicialmente partindo da literatura médica, essa visão espalhou-se também para o público leigo e mantém-se viva no imaginário popular, ainda que, a partir da década de 1990, tenha havido um movimento para reconhecer a parcela cada vez mais vitimada pela síndrome: mulheres heterossexuais. A essa progressão, deu-se o nome de feminização do HIV/AIDS, uma narrativa sobre uma suposta mudança no perfil da epidemia. Neste artigo, analisamos o fenômeno de feminização da doença partindo de uma reflexão sobre como a epidemia foi produzida pela medicina desde os seus anos iniciais. Na tentativa de compreender os processos pelos quais algumas narrativas científicas – que se constituíram, em determinado momento, como uma alternativa possível dentre uma variedade de versões – se estabeleceram como mais factuais que as demais, analisamos desde estratégias de produção textual e discursiva até estruturas históricas de opressão de minorias sociais.

Biografia do Autor

Larissa Costa Duarte, UFRGS

Doutora em Antropologia social pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Fabiola Rhoden, UFRGS

Doutora em Antropologia social pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Professora do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social - Universidade Federal do Rio Grande do Sul

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Publicado

2019-06-07

Como Citar

Duarte, L. C., & Rhoden, F. (2019). As histórias que podem ser contadas: a feminização da epidemia HIV/AIDS e a produção de narrativas científicas. Em Construção: Arquivos De Epistemologia histórica E Estudos De Ciência, (5). https://doi.org/10.12957/emconstrucao.2019.40840