As histórias que podem ser contadas: a feminização da epidemia HIV/AIDS e a produção de narrativas científicas
DOI:
https://doi.org/10.12957/emconstrucao.2019.40840Resumen
Desde sua eclosão na década de 1980 na forma de epidemia, a AIDS tem sido principalmente associada a homossexuais masculinos: inicialmente partindo da literatura médica, essa visão espalhou-se também para o público leigo e mantém-se viva no imaginário popular, ainda que, a partir da década de 1990, tenha havido um movimento para reconhecer a parcela cada vez mais vitimada pela síndrome: mulheres heterossexuais. A essa progressão, deu-se o nome de feminização do HIV/AIDS, uma narrativa sobre uma suposta mudança no perfil da epidemia. Neste artigo, analisamos o fenômeno de feminização da doença partindo de uma reflexão sobre como a epidemia foi produzida pela medicina desde os seus anos iniciais. Na tentativa de compreender os processos pelos quais algumas narrativas científicas – que se constituíram, em determinado momento, como uma alternativa possível dentre uma variedade de versões – se estabeleceram como mais factuais que as demais, analisamos desde estratégias de produção textual e discursiva até estruturas históricas de opressão de minorias sociais.
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