CONSOLATIO MORTIS: QUANDO A PALAVRA ALIVIA A DOR DO LUTO
DOI:
https://doi.org/10.12957/ellinikovlemma.2020.57633Resumo
Há em Roma alguns gêneros discursivos que se desenvolveram em âmbito funéreo, cujas características podiam variar entre o meio de expressão, o destinatário, o contexto de execução e os preceitos retóricos. Dentre esses gêneros, destacamos, neste artigo, a consolatio mortis, discursos consolatórios que seguem preceitos de variadas escolas filosóficas e que se desenvolveu, sobretudo, na prosa filosófica com o propósito de encorajar o enlutado a pôr fim a sua dor e, dessa forma, se reintegrar à vida social. Nesses discursos, a palavra, elaborada com rigor retórico, dedica-se a reconfortar o enlutado tomando como instrumento a tópica consolatória, tais como, metriopatheia; praemeditatio futurorum malorum; opportunitas mortis e auocatio / reuocatio.