Habermas e o Pós-Moderno: Ciência e Ficção; um primeiro ensaio

Autores

  • Adelia Miglievich

Resumo

O debate contemporâneo põe em xeque o estatuto cientifico e obriga a reflexão acerca da possibilidade mesma do conhecimento. A virtude pós-moderna está, precisamente, em se constituir no maior desafio intelectual dos últimos tempos. Isso basta para que atentemos às suas criticas, responsáveis por configurar uma nova variante, a mais radical, de todas as crises da modernidade. Opomos ao movimento pós-moderno, o "novo iluminismo" de Habermas que inaugura a teoria crítica positiva. O franfurtiano busca redimensionar as possibilidades de elaboração de uma teoria da racionalidade, num momento em que se assiste à propagação de uma perda generalizada das "energias utópicas", constituintes da experiência moderna.

Se, de um lado, os pós-modernos aplaudem o dissenso- dada a falência das macro-teorias- Habermas enxerga no descentramento a inviabilidade do sujeito se potencializar. O fim dos paradigmas, dos critérios, dos referenciais, implica, igualmente, o fim da crítica, o fim do projeto de um "mundo melhor". 

O "irracionalismo" pós-moderno versus o "novo racionalismo" habermasiano. Esta disputa deverá ocupar as páginas que seguem. Não adiantaremos vencedores- se é que existem. A preocupação aqui limita-se a sugerir que o confronto é, em si mesmo, promissor.

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Publicado

2019-10-08

Como Citar

Miglievich, A. (2019). Habermas e o Pós-Moderno: Ciência e Ficção; um primeiro ensaio. Revista Concinnitas, 1(1), 142–161. Recuperado de https://www.e-publicacoes.uerj.br/concinnitas/article/view/42525