“Dignos da admiração dos amigos de antiguidades”. História e recepção da coleção egípcia do Museu Nacionali da UFRJ

Autores

  • André Onofre Limírio Chaves UERJ

Resumo

Este trabalho se propõe a analisar a história da criação e recepção da coleção egípcia do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Composta por estelas, múmias, esquifes, objetos funerários e objetos do cotidiano do Antigo Egito, no momento de sua aquisição a coleção foi alvo de debates públicos sobre a autenticidade de seus itens e acerca da sua importância para a instituição e para a nação brasileira. Com o tempo, contudo, verificou-se que a obtenção da coleção de antiguidades egípcias promoveu o reforço da missão dessa entidade museológica, idealizada como um espelho dos grandes museus europeus, que deveria acompanhar as tendências colecionistas das nações que melhor representavam os ideais de civilização. No século XIX, portanto, as antiguidades egípcias auxiliavam o Museu Nacional a cumprir a função de construir uma imagem que apagasse o ar incivilizado do Brasil, tornando-se o cartão postal da jovem nação no mundo científico.

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Publicado

2019-08-08

Como Citar

Limírio Chaves A. O. (2019). “Dignos da admiração dos amigos de antiguidades”. História e recepção da coleção egípcia do Museu Nacionali da UFRJ. Revista Concinnitas, 3(34), 126–146. Recuperado de https://www.e-publicacoes.uerj.br/concinnitas/article/view/39891