População em situação de rua e vida cotidiana: algumas considerações geográficas

Igor Martins Robaina

Resumo


O tema central deste trabalho é a discussão da população em situação de rua, sua vida cotidiana e das múltiplas relações mantidas com o espaço. O objetivo principal foi analisar o papel da espacialidade na vivência dessa população. Difunde-se a ideia de que este segmento populacional não se organiza segundo qualquer ordem espacial e, portanto, estariam perambulando, vagueando ou perdidos nos espaços públicos. Metodologicamente, o procedimento central na pesquisa foi a organização de um minucioso trabalho de campo que se mostrou um eficiente instrumento da prática de pesquisa geográfica, aqui concebida como um contínuo processo. As visitas ao campo ocuparam quase dois anos e foram realizadas mais de uma centena de longas entrevistas nos espaços públicos com essa população. Por meio da enunciação dos próprios sujeitos emergiram categorias vinculadas ao cotidiano, principalmente aquelas relacionadas às suas atividades diárias. A espacialidade foi entendida como o conjunto das lógicas de mobilidades, permanências e ritmos espaciais na execução dessas práticas. Assim, concluímos que a espacialidade se constitui em um elemento-chave para a interpretação deste fenômeno e necessita ser incorporado nas análises sobre o tema, pois demonstrou possuir uma dimensão essencial na organização da vida desta população

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DOI: https://doi.org/10.12957/cdf.2016.35874

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