migrantes Indocumentados em Lisboa: emoções em tempos de imobilidadeuês

Autores

  • Cecília Menduni Luis ISCTE-IUL/CRIA

Palavras-chave:

imigrantes, irregularidade, emoções, políticas públicas, integração.

Resumo

Este artigo tem como objetivo refletir sobre a experiência emocional dos imigrantes enquanto indocumentados e é baseado numa pesquisa com início em 2017 na Área Metropolitana de Lisboa. Ser indocumentado não se relaciona apenas com a falta de conclusão de um processo administrativo e jurídico. É também uma experiência de apreensão do tempo e da sua desaceleração, acompanhada por uma carga emocional que suscita muitas questões, ansiedades e dúvidas sobre as suas vidas como imigrantes. Os dados empíricos aqui apresentados são o resultado do trabalho de campo em terrenos multisituados, com recurso a entrevistas semiestruturadas com imigrantes indocumentados de diferentes comunidades, nomeadamente do Bangladesh, Brasil, Egito, Guiné-Bissau, Guiné Conacri, Camarões, Nigéria, Paquistão, Índia e Angola, e abordam questões como a regularização; o tempo de permanência em Portugal; o trabalho; a relação com o Estado; a ausência de direitos sociais; os objetivos pessoais e os estados emocionais de quem vive ou viveu esta situação.

Biografia do Autor

Cecília Menduni Luis, ISCTE-IUL/CRIA

Licenciada en Antropología  (ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa), Maestría en Antropología: Globalización, Migraciones y Multiculturalismo. Investigadora del Centro de Investigación en Antropología (CRIA), actualmente está haciendo un doctorado en ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa, sobre inmigración indocumentada. Políticas públicas, cuidados, salud, precariedad y economías informales.

Publicado

2023-01-06

Edição

Seção

Dossiês temáticos