Conhecimentos, percepções e itinerários terapêuticos de travestis e mulheres trans no cuidado a infecções sexualmente transmissíveis em Salvador, Brasil

Autores

Palavras-chave:

itinerários terapêuticos, travestis, mulheres trans, IST, Sífilis

Resumo

O artigo objetivou analisar conhecimentos, percepções, práticas de cuidado e Itinerrários Terapêuticos (IT) para o diagnóstico e tratamento das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), com destaque para sífilis, entre Travestis e Mulheres Trans (TrMT) em Salvador, Brasil. Foram realizados 05 grupos focais e 06 entrevistas semiestruturadas com 30 TrMT. Os achados apontam amplo desconhecimento e percepções contraditórias sobre as IST, especialmente a sífilis; identificação de duas importantes trajetórias de cuidado às IST e o destaque para IT marcados por estigmas e discriminação nos serviços de saúde. Sugere-se a ampliação das ações de saúde para essa população reconhecendo suas necessidades e a construção de novas estratégias de prevenção e tratamento para IST, dialogadas com as TrMT, e garantia de autonomia, ética e sigilo na produção do cuidado

Biografia do Autor

Thais Regis Aranha Rossi, Universidade do Estado da Bahia

Professora Adjunto da Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Doutora em Saúde Pública. Coordenadora do Mestrado Profissional em Saúde Coletiva - MEPISCO/DCV/UNEB.

Sandra Assis Brasil, Universidade do Estado da Bahia

Professora Adjunto da Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Doutora em Saúde Pública.

Laio Magno, Universidade do Estado da Bahia

Professor Adjunto da Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Doutor em Saúde Pública.

Maria Amelia Veras, Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo: São Paulo, SP, BR

Graduada em Medicina pela Universidade Federal de Pernambuco, com Mestrado em Medicina Preventiva pela Universidade de São Paulo, Mestrado em Saúde Pública pela Universidade da California Berkeley e Doutorado em Medicina pela Universidade de São Paulo. Pós-doutorado pela University of California San Francisco. Bolsista do Fogarty International AIDS Training Program, na University of California San Francisco em 1998, e na University of California Berkeley, entre 1999 e 2001

Thiago Félix Pinheiro, Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo: São Paulo, SP, BR

É psicólogo clínico e social formado pela UFRN e psicoterapeuta de abordagem fenomenológico-existencial. Atua como pesquisador na área de Saúde Coletiva, com mestrado, doutorado e pós-doutorado na Faculdade de Medicina da USP.

Marcos Pereira, Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia

Professor Adjunto do Instituto de Saúde Coletiva  da Universidade Federal da Bahia. Professor Permanente do Programa de pós-graduação do ISC/UFBA. Doutor em Saúde Pública.

José Luiz Gomez Gonzales Junior, Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo: São Paulo, SP, BR

Doutor em Saúde Coletiva pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (2019). Doutorado Sanduíche na Universidad Complutense, Madri, Espanha (2018-2019). Mestrado em Estudos das Mulheres e de Gênero pelo programa da União Europeia Erasmus Mundus GEMMA, com dupla titulação pela Universidad de Oviedo, Espanha, e Central European University, Hungria (2012).

Paula Galdino Cardin de Carvalho, Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo: São Paulo, SP, BR

pesquisadora em Saúde e Direitos Humanos da População LGBT+ (NUDHES), pós-doutoranda em Saúde Coletiva (FCMSCSP) e desenvolve pesquisas especialmente relacionadas à mulheres trans e travestis com ênfase em pesquisa e análise qualitativa

Ines Dourado, Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia

professora titular do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (PPGSC) do Instituto de Saúde Coletiva (ISC) da Universidade Federal da Bahia (UFBA). É médica, com mestrado em saúde pública pela Universidade de Massachusetts (UMass- Estados Unidos), e doutorado em epidemiologia pela Escola de Saúde Pública da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA-Estados Unidos). Sua área de pesquisa se concentra na epidemiologia e prevenção do HIV/aids. Coordena e desenvolve pesquisas multicêntricas sobre vários aspectos da epidemia do HIV, principalmente entre as populações-chaves como gays e homens que fazem sexo com homens (HSH), mulheres profissionais do sexo, e travestis e mulheres transexuais

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Publicado

2022-08-10

Edição

Seção

Dossiês temáticos