Sobre o paradoxo da iniquidade: por uma crítica da razão teodiceica em tempos de coronavírus

Autores

  • Alexandre Marques Cabral UERJ

DOI:

https://doi.org/10.12957/ek.2021.57129

Palavras-chave:

iniquidade, mal, fenomenologia, alteridade

Resumo

O presente artigo almeja interpretar a fenômeno do mal em meio ao atual quadro pandêmico, lavando em consideração a hipótese segundo a qual, hegemonicamente, o mal aparece na contemporaneidade como iniquidade e esta se apresente por meio de dois vetores, que assinalam um paradoxo. O primeiro deles insere o mal em uma dinâmica (devir) sistemática de produção de vidas descartáveis. Já o segundo diz respeito a uma estrutura histórica possuidora de certa estabilidade, a qual naturaliza o espaço suhumanizador de certos grupos que acabam por viver verdadeiros “mundos de morte” (Mbembe). Isso se apresenta claramente no Brasil e, em especial, no contexto da pandemia do novo coronavírus. O artigo pretende dar conta dessa realidade, por meio de um diálogo crítico e fenomenológico com Santo Agostinho, Hannah Arendt e com o pensamento decolonial. 

Biografia do Autor

Alexandre Marques Cabral, UERJ

Docente no Departamento de Filosofia da UERJ.

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Publicado

2021-03-11

Como Citar

Cabral, A. M. (2021). Sobre o paradoxo da iniquidade: por uma crítica da razão teodiceica em tempos de coronavírus. Ekstasis: Revista De Hermenêutica E Fenomenologia, 10(1), 185–218. https://doi.org/10.12957/ek.2021.57129