A crítica de Heidegger ao primado da lógica e o caráter científico-primordial da filosofia
Resumo
O presente trabalho trata do modo como o primeiro Heidegger concebe a tarefa da filosofia entendida como ciência primordial. Em preleção de 1919 intitulada “A ideia de filosofia e o problema da visão de mundo”, ele estabelece um diálogo crítico com a proposta neokantiana de filosofia como ciência do valor. A pergunta a ser feita é: qual o objeto de algo como uma ciência primordial? O método indutivo e o teleológico-crítico se configuram como meios historicamente disponíveis de realização da atividade filosófica. Não obstante, Heidegger argumenta contra a possibilidade de compreensão da filosofia como ciência primordial a partir de uma atitude teorética. Ele aponta, finalmente, para a necessidade de inclusão do domínio pré-teorético da vida na consideração do objeto da filosofia, fazendo, portanto, da opção pelas “coisas elas mesmas”, uma atitude de escuta compreensiva da imediaticidade da vida, a partir da qual brota e para a qual retorna toda operação de significação.
Palavras-chave
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PDFDOI: https://doi.org/10.12957/ek.2020.52617
ISSN - 2316-4786 (on-line)
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