Sobre a essência relacional da palavra: A superação do paradigma linguístico designacional na fenomenologia da linguagem de Martin Heidegger
DOI:
https://doi.org/10.12957/ek.2023.65370Palavras-chave:
Fenomenologia da linguagem, Intuição e expressão, Poesia, Indicação formal.Resumo
Com estas reflexões desenvolvemos a tese segundo a qual o mundo não é feito de objetos, mas de relações, colocando-a em conexão com o problema de como aceder à essência da linguagem enquanto potência de criação. A renovação da potência originária da linguagem passa, então, por uma superação do paradigma designacional, pelo qual ela decaiu em mero veículo de transmissão de informações, em direção a uma experiência da própria realidade como sendo estruturalmente linguística. Através dos enigmas da porta fechada, da margem obscura da clareira e do acesso vetado à árvore da vida, compreendemos por que a filosofia é avessa à fixação do pensamento em respostas, consistindo sua virtude em manter resolutamente a existência na preservação de seu caráter de insuperável questionabilidade.