Deus sem onto-teo-logia: uma questão heideggeriana à luz de Emmanuel Lévinas e Jean-Luc Marion

Autores

  • Alexandre Marques Cabral UERJ/Colégio Pedro II

DOI:

https://doi.org/10.12957/ek.2015.21461

Resumo

O presente artigo possui como objetivo central caracterizar a ressignificação do conceito de Deus em Lévinas e Marion, levando em consideração o conceito heideggeriano de onto-teo-logia, que simultaneamente pretende caracterizar a essência da metafísica e assinalar o caráter não divino do Deus metafísico considerado causa de si (causa sui), uma vez que, tanto Lévinas quanto Marion, reposicionam a questão de Deus por meio da assunção deste conceito. Neste sentido, Deus é ressignificado por meio da afirmação de sua incondicionalidade, irredutível, portanto, a quaisquer horizontes condicionadores dos fenômenos em geral. Por este motivo, Lévinas e Marion pensam Deus como refratário ao conceito heideggeriano de ser, que posiciona horizontes históricos desveladores da aparição de todo e qualquer ente. Assim, seja no âmbito da virada ética da fenomenologia (Lévinas), que inscreve Deus na significatividade do rosto do outro humano, seja na saturação de todo e qualquer horizonte de sentido (Marion), um Deus não onto-teo-lógico se dá para além do ser.

DOI:10.12957/ek.2015.21461

Biografia do Autor

Alexandre Marques Cabral, UERJ/Colégio Pedro II

Alexandre Marques Cabral é doutor em filosofia (UERJ), doutorando em teologia (PUC-RJ) e professor adjunto do departamento de filosofia da UERJ e do departamento de filosofia do Instituto federal Colégio Pedro II. Endereços institucionais: Departamento de Filosofia. Rua São Francisco Xavier, 524 (UERJ) e rua Humaitá, 80 (Instituto Federal Colégio Pedro II).

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Publicado

2016-02-07

Como Citar

Cabral, A. M. (2016). Deus sem onto-teo-logia: uma questão heideggeriana à luz de Emmanuel Lévinas e Jean-Luc Marion. Ekstasis: Revista De Hermenêutica E Fenomenologia, 4(2), 16–46. https://doi.org/10.12957/ek.2015.21461