O papel da Educação Científica na construção do País e da Identidade Nacional: caminhos, pontes, travessias
DOI:
https://doi.org/10.12957/impacto.2023.76770Palavras-chave:
Educação Científica, Currículo, Identidade Nacional, História da Engenharia.Resumo
Neste trabalho, a História da Engenharia Brasileira, a partir do século XIX até 1960, é tomada como fio condutor para o entendimento das principais mudanças na Educação Científica, em especial no Ensino de Física, ocorridas nesse período. Podemos destacar três fases da Engenharia no Brasil: a engenharia de estradas e ferrovias, acompanhando a ocupação do território; a construção civil, associada ao processo de urbanização; e a engenharia química e de petróleo, liderando a modernização recente. A ocupação do nosso território, cujo ritmo é ditado pelas demandas sociais, está intimamente associada a essas fases e é um elemento fundamental na construção da Identidade Nacional. Essas quatro linhas evolutivas – engenharia, conquista do espaço e tempo brasileiros, identidade nacional e ensino de física – encontram-se nesse artigo e iluminam o significado social dos currículos de física.
Referências
ARRUDA, G. Cidades e Sertões. Bauru, SP: EDUSC, 2000.
AZEVEDO, Fernando de (org.), As Ciências no Brasil, Vol.I, 2ª ed. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 1994.
BOTELHO, J. Educação e Modernidade no Brasil IN: Cultura Vozes, São Paulo: v. 93, n.1, 1999, p. 122 – 145.
CHIQUETTO, M. J. Examinando exames: análise dos vestibulares que nortearam os autores do "Fundamentos da Física” (DISSERTAÇÃO) Programa de Pós-grad em Educação, UFF, Niterói, 2010.
COELHO, E. C. As profissões Imperiais: Medicina, Engenharia e Advocacia no Rio de Janeiro 1822-1930. Rio de Janeiro: Record, 1999.
DOMINGOS NETO, M. e MOREIRA, L. G. G. O Instituto Militar de Engenharia IN: Domingos Neto, M. (Org) O militar e a Ciência no Brasil, RJ: Gramma, 2010.
EIRAS, Wagner C. S., Investigando as atividades demonstrativas no Ensino de Física, (Dissertação) Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora: UFJF, 2003. 208 p.
FIALHO, N. H. A categoria espaço/território no contexto da pesquisa e da pós-graduação em educação no Brasil IN: Amorim, A. Lima Jr., A. S. de e Menezes, J. M. (Org.). Educação e contemporaneidade: processos e metamorfoses, RJ: Quartet, 2009.
LIMA, M. E. A. T As caminhadas de Auguste de Saint-Hilaire pelo Brasil e Paraguai. Belo Horizonte: Autêntica, 2002.
MACHADO, M. S. A construção da geografia universitária no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Apicuri, 2009.
MAGALHÃES, G. Ciência e Técnica no Brasil durante a Monarquia (1808-89). Revista de História n. 148 (1º), 2003, p. 125-156.
MARTINS, J. de S. A sociabilidade do homem simples. Cotidiano e história na modernidade anômala. São Paulo: Hucitec, 2000.
MARX, M. Cidade no Brasil terra de quem? São Paulo: Nobel: Editora EDUSP, 1991.
MOTA, L. D. (Org.) Introdução ao Brasil 1: Um banquete no trópico. 4ª edição. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2004.
MOTA, L. D. (Org.) Introdução ao Brasil 2: Um banquete no trópico. 2ª edição. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2002.
MOTTA, J. Formação do Oficial do Exército: currículos e regimes na Academia Militar 1810-1944. Rio de Janeiro: biblioteca do Exército Ed, 1998.
NARODOWSKI, M. Infância e Poder: Conformação da Pedagogia Moderna. Bragança Paulista: EDUSF, 2001.
NISKIER, A. História da Educação Brasileira. 3ª Ed. Editora Europa, 2011.
NUNES, C. (Des)Encantos da Modernidade Pedagógica IN: LOPES, E. M. T, FARIA FILHO, L. M. e VEIGA, C. 500 anos de educação no Brasil. 4ed. BH: Autêntica, 2010.
NUNES, C. Às margens do Manifesto dos pioneiros da educação nova IN: XAVIER, M. do C. (Org.) Manifesto dos Pioneiros: um legado em debate. RJ: FGV, 2004.
NUNES, C. As políticas públicas de educação de Gustavo Capanema no Governo Vargas. In: BOMENY, H. (Org.). Constelação Capanema: Intelectuais e política. Rio de Janeiro: Ed. FGV, 2001.
NUNES, C. Um manifesto e seus múltiplos sentidos IN: Magaldi, A. M. e Gondra, J. G. (Org.) A reorganização do campo educacional no Brasil: manifestações, manifestos e manifestantes. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2003.
PESSANHA, E. C. ARRUDA, A. M. V. Arquitetura escolar de “escolas exemplares” em quatro cidades brasileiras: expressão de projetos de modernização e escolarização de 1880 a 1954. Cadernos de História da Educação, Uberlândia. V. 7, 2008.
RIBEIRO, M. L. S. História da Educação Brasileira: a organização escolar. 20ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2007.
RICUPERO, B. Sete lições sobre as interpretações do Brasil. SP: Alameda, 2007.
SAVIANI, D. História das ideias Pedagógicas no Brasil. 3ed. rev. Campinas, SP: Autores Associados, 2010.
SILVA TELLES, P. C. da História da Engenharia no Brasil - Século XX, RJ: LTC Editora, 1993.
SILVA TELLES, P. C. da História da Engenharia no Brasil - Séculos XVI a XIX, RJ: LTC Editora, 1984.
SOUZA, S. F. de; OLIVEIRA, I. A. Modernidade, Transmodernidade e Eurocentrismo: Mutações Conceituais. Revista de Filosofia Moderna e Contemporânea, Brasília, v.7, n.3, dez. 2019, p. 267-289
TEIXEIRA, A. Educação para a Democracia: introdução à administração educacional. 2ª Ed. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 1997.
VALLE, C. P. Risonhos Lindos Campos: Natureza tropical, imagem nacional e identidade brasileira. Rio de Janeiro: o autor, 2005.
VIDAL, D. e PAULILO, A. Projetos e estratégias de implementação da Escola Nova na capital do Brasil (1922-1935). In: MAGALDI, A., ALVES, C. e GONDRA, J. (Org.). Educação no Brasil: história, cultura e política. Bragança Paulista: EDUSF, 2003.
XAVIER, L. N. Educação, raça e cultura em tempos de desenvolvimentismo. In: MAGALDI, A., ALVES, C. e GONDRA, J. G. (Org.). Educação no Brasil: história, cultura e política. Bragança Paulista: EDUSF, 2003, p. 487-504.
XAVIER, L. N. A Educação no Debate Intelectual dos anos 50/60. In: I Congresso Brasileiro de História da Educação, 2000, Rio de Janeiro. Educação do Brasil: História e Historiografia, 2000.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os Direitos Autorais dos artigos publicados na Impacto: Pesquisa em Ensino de Ciências pertencem aos seus respectivos autores, com os direitos de primeira publicação cedidos à Revista. Toda vez que um artigo for citado, replicado em repositórios institucionais e/ou páginas pessoais ou profissionais, deve-se apresentar um link para o artigo disponível no site da Impacto.
