ESTOQUE DE CARBONO NOS SOLOS NA ZONA DE TRANSIÇÃO FLORESTA ALTOMONTANA - CAMPOS DE ALTITUDE NA SERRA DA MANTIQUEIRA - ITAMONTE (MG)
Palavras-chave:
Mata Atlântica, matéria orgânica, área de preservação, densidade dos solos, solos em florestaResumo
A preocupação com as emissões de carbono relacionadas às mudanças nos solos impulsiona estudos sobre o tema, especialmente nos trópicos, responsáveis por 12% a 20% das emissões globais de carbono para a atmosfera. Este estudo quantificou a matéria orgânica do solo e estimou o estoque de carbono (EC) na Fazenda do Pinhão Assado, uma área de Mata Atlântica em Minas Gerais, Brasil. Foram coletadas 21 amostras em agosto de 2023, em altitudes entre 1.400 e 2.400 metros. A densidade do solo (DS) variou de 0,41 g cm⁻³ a 0,99 g cm⁻³, enquanto os maiores estoques de carbono foram registrados nos pontos 07, 08 e 15, com 1.729, 1.402 e 1.328 Mg C ha⁻¹, respectivamente. O EC médio foi de 673 Mg C ha⁻¹, estimando-se um total de 686.042 Mg C armazenados nos solos da fazenda. Observou-se correlação entre altitude e maior concentração de carbono orgânico e matéria orgânica nos horizontes A, destacando o papel das condições ambientais no acúmulo de carbono em solos tropicais. Esses resultados reforçam a importância da conservação de solos como estratégia para mitigação das emissões de carbono.
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